sexta-feira, 14 de outubro de 2016

Na Alexanderplatz

Na Alexanderplatz

Sonho por você,
Como se estivesse deitado num banco
Perdido na Alexanderplatz, observando as cidades
Do mundo, com as suas respectivas horas, amores
E desamores, tempo marcado, talvez, observando
As nuvens descompassadas pelo tempo ágil,
Que já não reflete a mesma imagem antes desenhadas,
Nas portas do Céu.
Medito já inerte, sob o cais, debruçando-me sobre o Rio Almada,
Que agora impávido, rompe o tudo que o impedia de
Singrar para os mares, agora navegável com a relva
Que distribui radiante o verde, que nos inspira a amar.
Percorro a cidade nua, observo os transeuntes que vagueiam,
Entre achados e perdidos, flutuando entre as artérias que
Sangram anunciando uma nova história que está por vir.
Acordo sobre os jardins suspensos da Praça Adonias Filho,
Porventura, nos bancos da Régis Pacheco, ouvindo os burburinhos
Que vem da Praça Manoel Agostinho de Santana e das Pitangueiras.
Ponho-me em oração no Templo Sagrado da Colina, ouvindo preces
Não repetidas como o sol que emerge no horizonte, anunciando
Um novo dia de Paz.
Deixo a Alexanderplatz, sem beber da água da Fonte da Amizade
Internacional, para banhar-me nas águas escuras dos lagos
Itajuipenses.


Cláudio Luz

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