quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Amantes

Somos amantes felizes, felizes
Cheios de vida, e a minha vida
Não é mistério,
Mas onde estou e o que faço
Como vivo?
Vivo envolto em seus anseios
Embriagando-me com os seus sonhos,
Doando-me em vida, pra você alçar vôos
Absolutos nos céus que nos contemplam.
Somos infinitos, enquanto a madrugada não vem,
Somos as respostas que não damos ao
Mundo, emanando luzes perfumadas, somos uma esperança,
Refletida em um sol magnífico que brilha dentro de nós,
Dando-nos alegria de viver, o que ainda não há entre nós.
Somos simplesmente amantes, felizes!

Cláudio Luz

segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Editora Abril caminha para o fim

A editora que cedeu lugar ao mais pernicioso jornalismo de esgoto da história da imprensa brasileira está agonizando.
Luís Nassif - Jornal GGN (via Blog do Altamiro Borges) - www.cartamaior.com.br/

Aumentam os rumores de que nos próximos dias a Editora Abril deverá entrar na Justiça com pedido de recuperação judicial.
 
Ingressa, assim, na penúltima fase da agonia um grupo que dominou o mercado editorial brasileiro nas últimas décadas.
 
Ao lado das Organizações Globo, a Abril foi o primeiro grupo editorial brasileiro a adotar o modelo dos grupos de mídia norte-americanos. Começou no país representando os quadrinhos da Disney e da Marvel. Depois, seguiu o modelo Time-Life, tendo como carros-chefes revistas que seguiam padrão similar: Veja, seguindo o estilo Time; Placar emulando o Sporteds Illustred, Exame copiando a Fortune e Quatro Rodas.
 
Defensora intransigente do modo de vida norte-americano, do primado da iniciativa privada, em várias fases de sua vida valeu-se da influência política para conquistar as benesses do poder.
 
Nos governos militares montou a Rede Quatro Rodas de Hotel contando com os benefícios fiscais criados por Delfim Netto. No governo Sarney, conseguiu concessões de TV a cabo. No governo Collor quase conseguiu o monopólio das Listas Telefônicas da Telerj, negociadas pelo então presidente Eduardo Cunha.
 
A Abril começou a se perder ainda nos anos 90, devido a sucessivos erros estratégicos. Liderada por Roberto Civita, montou um canal de TV, a MTV, entrou na TV a cabo, através da TV A, e saiu na frente com o segundo portal do país, o BOL.
 
O BOL acabou perdendo a iniciativa para a UOL devido a alguns erros estratégicos – a extrema lentidão em montar a rede de telefonia, na fase pré banda larga e em pretender ser a única provedora de conteúdo. Mas, principalmente, pelo boicote conduzido pelos executivos da área de impressos, preocupados em não perder posição no grupo.
 
A BOL acabou fundida com a UOL e Roberto Civita passado para trás por Luiz Frias, da UOL. Houve a fusão e a gestão da empresa ficou com o grupo Folha. Luiz acabou aliando-se aos portugueses da Portugal Telecom e montando um aumento de capital inesperado, avisando Civita só na véspera. Civita perdeu o controle compartilhado e, mais tarde, vendeu sua parte para a UOL, por uma fatia do valor que a empresa viria a ter no decorrer dos anos seguintes.
 
Junto com o velho Otávio Frias, ainda tentou juntar forças para adquirir metade da TV Bandeirantes. Acompanhei de perto essa história pois fui incumbido por Frias de fazer a ponte com João Saad, com quem tinha boas relações.
 
O caso Naspers
 
De tentativa em tentativa a Abril foi afundando. Ganhou algum fôlego quando aceitou a sociedade com o grupo sul-africano Naspers, em uma história mal contada. O grupo assumiu 30% do capital, máximo permitido pela legislação brasileira. Outros 20% foram adquiridos por duas holdings sediadas em Delaware, EUA, e representadas no Brasil pelo escritório Mattos-Filho. Mais tarde, quando a Abril vendeu a TV A para a Telefonica, as duas holdings desaparecem da sociedade.
 
Os anos 2.000 marcam o início da decadência final do grupo. Globalmente, a Internet vitimiza o segmento de revistas. Civita decide, então, importar o estilo Rupert Murdoch. Incorpora o linguajar agressivo da ultradireita, inaugurando o estilo com a campanha contra o desarmamento; passa a vender sua opinião de forma imprudente (como ocorreu com o banco Opportunity), alia-se à organização criminosa de Carlinhos Cachoeira, beneficiando-se da complacência do Ministério Público Federal, e tenta se valer do temor que infundia para se aventurar no mercado de livros didáticos e, mais à frente, de cursos didáticos.
 
A Abril da coleção Os Pensadores, da revista Realidade, da História da Música Popular e de outros feitos culturais, cede lugar ao mais pernicioso jornalismo de esgoto da história da imprensa brasileira. 
 
Recorre ao discurso macarthista para tentar afastar concorrentes e impor suas publicações. Fecha contratos importantes tanto no MEC (Ministério da Educação) quanto com o governo de São Paulo.
 
Quando explode a bolha dos cursos universitários – no rastro do FIES (Fundo de Financiamento Estudantil) – sai imprudentemente à caça de cursos, com total falta de discernimento.
 
Liderado por um CEO megalomaníaco, a Abril se endivida, adquire cursos superavaliados que não lhe proporcionam retorno financeiro e acaba vendendo a Abril Educacional para um fundo de investimento. Não há indícios de que o dinheiro amealhado tenha sido utilizado para resgatar a Editora Abril do mar de dívidas em que se meteu.
 
Enquanto isto, o faturamento editorial despencava. Para preservar a publicidade de Veja, a editora recorre ao subterfúgio de turbinar a tiragem com promoções gratuitas, burlando as regras de auditoria do mercado publicitário.
 
Há quatro anos, o mercado trabalhava com uma hipótese de tiragem de 850 mil exemplares para a Veja, enquanto o IVC (Instituto Verificador de Circulação) apontava ainda mais inexistentes 1,2 milhão de exemplares. Esse fosso deve ter aumentado mais ainda, já que o IVC continua sustentando a tiragem de 1,2 milhão de exemplares. 
 
De lá para cá possivelmente a tiragem caiu mais ainda, tornando mais custosa a operação de turbina-la com assinaturas gratuitas.
 
Gradativamente começa a se desfazer de seus principais títulos. A crise do mercado publicitário acelerou sua agonia.
 
Em 31 de dezembro de 2014, a Abril Comunicações apurou prejuízo de R$ 139 milhões no exercício. O patrimônio líquido negativo saltou de R$ 125 milhões em 2013 para R$ 265 milhões, mostrando o fracasso da estratégia implementada a partir de 2013 para salvar a empresa.
 
Toda a estratégia resumia-se ao enxugamento da empresa, com a venda de títulos, fechamento de revistas e dispensa de funcionários. Conseguiu reduzir um pouco o endividamento – de R$ 995 milhões para R$ 772 milhões com a venda da Abril Radiodifusão e da Elemidia. E renegociou prazos de debentures com bancos. Conseguiu dois anos de carência, mas pagando CDI mais 2,6% ao ano.
 
Dos quatro grandes grupos de mídia tem-se o seguinte quadro:
 
1. Editora Abril, com escassa possibilidade de sobrevivência.
 
2. Estadão, tendo como único produto viável a Agência Estado.
 
3. Folha, sendo absorvida pela UOL, que torna-se cada vez mais um grupo de datacenter, tendo de concorrer com os gigantes globais. E com o modelo de portal entrando em crise, com a audiência corroída pelas redes sociais, que tornaram-se a porta de entrada principal dos usuários.
 
4. Globo, que permanecerá com seu enorme poder.

terça-feira, 15 de dezembro de 2015

1ª Lavagem do Beco do Berimbau relembra tradição festeira do local

1ª Lavagem do Beco do Berimbau relembra tradição festeira do local
1ª Lavagem do Berimbau -131 Foto Walmir Rosário 0

Sambão do Camarão

Jorge e Denise Carvalho

Uma alvorada pirotécnica às 5 da manhã, um “café” reforçado com mocofato e cachaça como aperitivo – como manda a tradição – anunciou que o segundo sábado do mês de dezembro é dia festa na Confraria do Berimbau. Este ano sábado (12), os festejos só mudaram de nome e o antigo Troféu Galeota de Ouro agora ostenta o nome de Lavagem do Beco do Berimbau.
A mudança em nada mudou o ânimo dos confrades e frequentadores d'O Berimbau, que festejaram o retorno das atividades festivas, agora em novo horário: Das 9h51min às 18 horas. Neste espaço de tempo, muita cerveja gelada, churrasquinho de gato e cachaça dos mais variados tipos, em espaço apropriado – a Reserva Alcoólogica – ganhou público cativo.
Duas atrações musicais – O Sambão do Camarão e JC Musical (Jorge e Denise Carvalho - animaram a Lavagem, com um vasto repertório, que incluiu músicas de balcão de botequim. Dos velhos aos novos participantes, todos foram unânimes em ressaltar que a lavagem veio para ficar, pois reuniu todas as características festeiras, como boa música, cerveja bem gelada, cachaça quente, tira-gosto e bate-papo entre os amigos.
Segundo o organizador do evento e diretor d'O Berimbau, José Gama, ou Zé do Gás, até mesmo os antigos frequentadores e que agora são abstêmios participaram de toda a Lavagem, a exemplo de Antônio Tolentino, o Tolé. O Berimbau funcionou por cerca de 40 anos e com a morte do seu proprietário, Neném de Argemiro, em 2005, o botequim mais famoso de Canavieiras encerrou suas atividades, sendo reaberto por Zé do Gás.
O Berimbau reúne entre seus clientes pessoas das mais variadas profissões, que têm em comum o prazer pelo bate-papo numa mesa ou pé de balcão, bebendo iguarias etílicas e comendo o que já de melhor na gastronomia. A cada sábado um dos confrades oferece um prato de “sustança”, com exceção do primeiro sábado de cada mês, quando é servido o prato oficial da casa: o mal-assado.

Este ano, a 1ª Lavagem do Beco d'O Berimbau contou com a participação de pessoas de Canavieiras e outras cidades, a exemplo do advogado itabunense Augusto Ferreira, frequentador costumeiro das praias canavieirenses. Para o próximo ano, a Lavagem d'O Berimbau promete se repetir, dentro dos mesmos moldes da deste ano. “Vamos organizar o próximo evento com a mesma tranquilidade deste, priorizando a reaproximação dos amigos”, concluiu Zé do Gás. - WR (14-11-15)

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

O centenário de Frank Sinatra explicado em 11 músicas

O centenário de Frank Sinatra explicado em 11 músicas

Publistorm.com/Reproducao da Internet
Em 1971, depois de uma má fase na carreira, com discos de baixa vendagem e parcerias desastrosas, Frank Sinatra decidiu se aposentar, aos 56 anos. Para colocar um ponto final na carreira, ele preparou um setlist de 11 canções capazes de narrar a trajetória pessoal e artística. Feito o show de despedida dos palcos, em Los Angeles, nos Estados Unidos, Frank só aguentaria dois anos longe dos holofotes, até retomar as apresentações e lançar outros discos. A nova fase acrescentaria mais um capítulo à história dele, traduzido em um dos seus maiores hits, New York, New York. No último dia 12 de dezembro, quando foi lembrado o centenário de nascimento do homem conhecido como A Voz, o Viver recorda os episódios marcantes da vida de Sinatra a partir de sua lista autobiográfica.

All or nothing at all 


Filho de imigrantes italianos, Frank Sinatra nasceu em 1915 em Hoboken, Nova Jersey. Além de ser vítima de preconceito pela origem ítalo-americana, conviveu com as dificuldades socioeconômicas próprias de sua época. Afinal, o início da juventude coincidiu com a Grande Depressão, a partir de 1929. Começou a cantar inspirado por Bing Crosby, o primeiro cantor pop dos EUA.

I’ve got you under my skin 
Aos 19 anos, conheceu a primeira mulher, Nancy, com quem se casaria em 1930. Conseguiu alguma visibilidade ao lado de outros três cantores, com quem formava o quarteto Hoboken Four, mas logo abriu mão da parceria. Por se dedicar demais a uma carreira aparentemente sem futuro em detrimento dos estudos, foi expulso de casa pelo pai.


Nancy (with the laughing face) 

Em 1940, nasce a primogênita do cantor, Nancy Sinatra. Ele teria outros dois filhos, Frank Sinatra Jr e Tina.

I’ll never smile again

A vida profissional de cantor começaria, de fato, com o impulso dado por Harry James e Tommy Dorsey, músicos de renome. A voz de Sinatra cantando os versos “I’ll never smile again/ Until I smile at you”, em 1943, consolou viúvas e parentes de mortos na Segunda Guerra Mundial.

Ol’ man river 

Em 1943, Sinatra grava o primeiro filme, A lua ao seu alcance, mas o sucesso em Hollywood só vem de fato dois anos depois, em 1945, quando faz dueto com Gene Kelly no dançante Marujos do amor. Neste mesmo ano, gravou curta-metragem educativo contra o preconceito. Quando interpretou Ol’ man river em um show da NAACP, uma associação em favor dos direitos civis dos negros, deixou o líder Martin Luther King bastante emocionado.

The lady is a tramp

Com o sucesso, Sinatra passou a ter casos com várias mulheres, muitas delas famosas. A fama de conquistador não o incomodava, até começar a prejudicar os contratos de trabalho. 

Try a little tenderness
 
Depois do divórcio com a primeira mulher, Nancy, Frank se casaria com as atrizes Ava Gardner e Mia Farrow (30 anos mais nova), além da socialite Barbara Marx.

Angel eyes
 
Em seis anos de sucesso, Sinatra faturou 11 milhões de dólares... e gastou tudo. A carreira entrou em declínio. A volta por cima só viria com o filme A um passo da eternidade (1953), pelo qual ganhou um Oscar.

Fly me to the moon

Sinatra teve um protagonismo político impressionante. Foi muito próximo de candidatos e, depois, presidentes como Franklin Roosevelt, John Kennedy e Richard Nixon. Também esteve muito próximo a figurões da máfia. 

That’s life
 
Nos anos 1960, foi responsável por “dar vida” a Las Vegas enquanto destino turístico. Ao lado de outros artistas famosos, como Dean Martin, criou o Rat Pack, um coletivo de grande sucesso.

My Way 

Quando completou 50 anos, em 1965, gravou a retrospectiva September of my years, estrelou o especial de TV Frank Sinatra: A man and his music, e lançou o hit My way.

New York, New York
 
Depois de voltar da aposentadoria, lançou vários álbuns. Em 1980, emplacou o hit em homenagem à cidade que o acolheu na juventude e o projetou para o mundo. No mesmo ano, fez show para 170 mil pessoas no Rio de Janeiro. - 
www.correiobraziliense.com.br/

quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

CONFRADES PROMOVEM NESTE SÁBADO A 1ª LAVAGEM DO BECO D’O BERIMBAU

CONFRADES PROMOVEM NESTE SÁBADO A 1ª LAVAGEM DO BECO D’O BERIMBAU

Neném de Argemiro, inpirador e patrono d'O Berimbau
Neném de Argemiro, inpirador e patrono d’O Berimbau
Se perpetuar com um evento permanente do calendário turístico-etílico de Canavieiras é a proposta da Confraria D’O Berimbau, que promove neste sábado (12), a partir da 9h51min, a 1ª Lavagem do Beco D’O Berimbau. O acontecimento vai reunir da mais fina flor da boemia de Canavieiras e região, numa festa de camisa para seletos participantes.
Projetado para proporcionar um dia inteiro de alegria e descontração, a 1ª Lavagem do Beco de O Berimbau oferece como atrações música ao vivo, balcão com bebidas quentes (cachaças pura e com folhas e raízes, batidas e outras especialidades), cerveja bem gelada e um nutritivo churrasquinho de gato.
O DNA da Confraria, que organizava o Troféu Galeota de Ouro
O DNA da Confraria, que organizava o Troféu Galeota de Ouro
Segundo um dos membros da Confraria de O Berimbau e organizador do evento, Zé do Gás, a Lavagem será um dia de completo lazer para o boêmio e seus convidados (inclusive a família) se confraternizarem à beira do balcão do botequim mais conceituado de Canavieiras. Por ser uma festa de camisa, o evento conta com toda a segurança livre de penetras e outros convidados indesejáveis.
A 1ª Lavagem do Beco de O Berimbau terá como palco o famoso Beco do Berimbau, também apelidada de rua Dr. João de Sá Rodrigues, no conceituadíssimo trecho compreendido entre a esquina de Tião da Kombi até a rua Dr. José Marcelino. O local sempre foi um endereço bastante conhecido por sediar o famoso botequim de Neném de Argemiro, posteriormente transformado na Confraria de O Berimbau.
A Confraria D’O Berimbau é um estabelecimento sui generis que opera no ramo etílico com leve ampliação para eventual alimentação do seus Membros. De acordo com o Estatuto aprovado e em vigor, a Confraria D’O Berimbau funciona aos sábados, a partir das 9h51min até o último cliente.
A Confraria D’O Berimbau é o único estabelecimento etílico que mantém uma distinta clientela, selecionada entre os boêmios canavieirense e eventuais visitantes, de forma integrada. Entre os “Confrades” – a distinta freguesia – destacam-se intelectuais, profissionais liberais, funcionários públicos e privados de todas as classes econômicas, representando uma clientela heterogênea.
E é justamente essa plêiade boêmia a responsável pelo sucesso da Confraria, uma entidade etílico-cultural-recreativa, mantida durante muitos anos pelo boêmio e trompetista Neném de Argemiro (que também atendia pelo nome de Eliezer Rodrigues), o seu fundador, até o seu falecimento. Agora, com a reabertura D’O Berimbau por José Gama (Zé do Gás), a entidade ganha novo fôlego e propõe o seu resgate histórico e cultural.
A 1ª Lavagem do Beco D’O Berimbau é um evento que já “nasce” com a certeza do mais absoluto sucesso, haja vista a experiência dos Membros da Confraria D’O Berimbau em eventos afins. Isto porque a Confraria D’O Berimbau possui um DNA festeiro, produzindo eventos de sucesso garantido, a exemplo do Troféu Galeota de Ouro, nascido e criado em O Berimbau e que permaneceu por anos seguidos no Calendário Turistico-Etílico-Cultural de Canavieiras.


quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Em defesa da democracia, artistas e escritores assinam manifesto contra impeachment

Em defesa da democracia, artistas e escritores assinam manifesto contra impeachment

Na noite da última terça-feira, 8 de dezembro, o escritor e jornalista Fernando Morais divulgou em sua página no Facebook uma carta de manifesto contra um eventual impeachment da presidenta Dilma Rousseff.
Nela, artistas e intelectuais como Chico Buarque, Camila Pitanga, Letícia Sabatella, Dira Paes, Paulo Betti, entre outras personalidades, repudiaram as recentes manobras políticas orquestradas pelo presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, visando a saída da mandatária.
 Reprodução
"Independente de opiniões políticas, filiação ou preferências, a democracia representativa não admite retrocessos".
Escrita pelo cineasta Luiz Carlos Barreto, a carta também chama atenção para a importância da democracia neste momento de instabilidade política. Confira a carta na íntegra:
Carta ao Brasil
Artistas, intelectuais, pessoas ligadas à cultura que vivemos direta e indiretamente sob um regime de ditadura militar; que sofremos censura, restrições e variadas formas de opressão; que dedicamos nossos esforços de forma obstinada, junto a outros setores da sociedade, para reestabelecer o Estado de Direito, não aceitaremos qualquer retrocesso nas conquistas históricas que obtivemos.
Independente de opiniões políticas, filiação ou preferências, a democracia representativa não admite retrocessos.
A institucionalidade e a observância do preceito de que o Presidente da República somente poderá ser destituído do seu cargo mediante o cometimento de crime de responsabilidade é condição para a manutenção desse processo democrático.
Consideramos inadmissível que o país perca as conquistas resultantes da luta de muitos que aí estão, ou já se foram. E não admitiremos, nem aceitaremos passivamente qualquer prática que não respeite integralmente este preceito.
8 de dezembro de 2015

Afonso Borges, produtor cultural
Altamiro Borges, jornalista
André Klotzel, cineasta
André Iki Siqueira, escritor e documentarista
André Vainer, arquiteto
Anibal Massaini, produtor de cinema
Antônio Grassi, ator
Antônio Pitanga, ator
Antonio Prata, escritor
Arrigo Barnabé, compositor
Audálio Dantas, jornalista e escritor
Bete Mendes, atriz
Beto Rodrigues, cineasta
Betty Faria, atriz
Camila Pitanga, atriz
Carolina Benevides, produtora de cinema
César Callegari, sociólogo
Chico Buarque, compositor, cantor, escritor
Claudio Amaral Peixoto, diretor de arte e cenografia
Cláudio Kahns, cineasta
Clélia Bessa, produtora de cinema
Conceição Lemes, jornalista
Dacio Malta, jornalista
Daniela Thomas, cineasta
Dira Paes, atriz
Eduardo Lurnel, produtor cultural
Eliane Caffé, cineasta
Emir Sader, sociólogo
Eric Nepomuceno, escritor
Felipe Nepomuceno, documentarista
Fernando Morais, jornalista e escritor
Francisco (Ícaro Martins), cineasta
Gabriel Priolli,jornalista
Galeno Amorim, jornalista
Giba Assis Brasil, cineasta
Guiomar de Grammont, escritora e professora universitária
Hildegard Angel, jornalista
Ingra Liberato, atriz
Isa Grinspum Ferraz , cineasta
Ivo Herzog, diretor do Instituto Vladimir Herzog
Izaías Almada, escritor
João Paulo Soares, jornalista
José de Abreu, ator
Jose Joffily, cineasta
José Miguel Wisnik, músico
José Paulo Moutinho Filho, advogado
Jose Roberto Torero, escritor
Letícia Sabatella, atriz
Lincoln Secco, professor da USP
Lira Neto, escritor
Lírio Ferreira cineasta
Lucas Figueiredo, jornalista e escritor
Lucy Barreto, produtora de cinema
Luís Fernando Emediato, editor
Luiz Carlos Barreto, produtor de cinema
Marcelo Carvalho Ferraz, arquiteto
Marcelo Santiago, cineasta
Marcos Altberg, cineasta
Marema Valadão, poeta
Maria Rita Kehl, psicanalista
Marília Alvim, cineasta
Marina Maluf, historiadora
Marta Alencar Carvana, produtora
Martha Vianna, ceramista
Maurice Capovila, cineasta
Miguel Faria, cineasta
Murilo Salles, cineasta
Padre Ricardo Rezende, diretor da ONG Humanos Direitos
Paula Barreto, produtora de cinema
Paulo Betti, ator
Paulo Cesar Caju, jornalista
Paulo Sérgio Pinheiro, ex-ministro de direitos humanos
Paulo Thiago, cineasta
Pedro Farkas, cineasta
Renato Tapajós, cineasta
Roberto Farias, cineasta
Roberto Gervitz, cineasta
Roberto Lima, dramaturgo e gestor cultural
Roberto Muylaert, jornalista
Romulo Marinho, produtor de cinema
Rosemberg Cariri, cineasta
Samuel MacDowell de Figueiredo, advogado
Sebastião Velasco e Cruz, cientista político
Sergio Muniz, cineasta
Solange Farkas, curadora
Tata Amaral, cineasta

terça-feira, 8 de dezembro de 2015

fm
Fernando Morais
Minha geração testemunhou o que eu acreditava ter sido o episódio mais infame da história do Congresso. Na madrugada de 2 de abril de 1964, o senador Auro de Moura Andrade declarou vaga a Presidência da República, sob o falso pretexto de que João Goulart teria deixado o país, consumando o golpe que nos levou a 21 anos de ditadura.
Indignado, o polido deputado Tancredo Neves surpreendeu o plenário aos gritos de “Canalha! Canalha!”.
No crepúsculo deste 2 de dezembro, um patético descendente dos golpistas de 64 deu início ao processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.
A natureza do golpe é a mesma, embora os interesses, no caso os do deputado Eduardo Cunha, sejam ainda mais torpes. E no mesmo plenário onde antes o avô enfrentara o usurpador, o senador Aécio Neves celebrou com os golpistas este segundo Dia da Infâmia.
Jamais imaginei que pudéssemos chegar à lama em que o gangsterismo de uns e o oportunismo de outros mergulharam o país. O Brasil passou um ano emparedado entre a chantagem de Eduardo Cunha –que abusa do cargo para escapar ao julgamento de seus delitos– e a hipocrisia da oposição, que vem namorando o golpe desde que perdeu as eleições presidenciais para o PT, pela quarta vez consecutiva.
Pediram uma ridícula recontagem de votos; entraram com ações para anular a eleição; ocuparam os meios de comunicação para divulgar delações inexistentes; compraram pareceres no balcão de juristas de ocasião e, escondidos atrás de siglas desconhecidas, botaram seus exércitos nas ruas, sempre magnificados nas contas da imprensa.
Nada conseguiram, a não ser tumultuar a vida política e agravar irresponsavelmente a situação da economia, sabotando o país com suas pautas-bomba.
Nada conseguiram por duas singelas razões: Dilma é uma mulher honesta e o povo sabe que, mesmo com todos os problemas, a oposição foi incapaz de apresentar um projeto de país alternativo aos avanços dos governos Lula e Dilma.
Aos inconformados com as urnas restou o comparsa que eles plantaram na presidência da Câmara –como se sabe, o PSDB, o DEM e o PPS votaram em Eduardo Cunha contra o candidato do PT, Arlindo Chinaglia. Dono de “capivara” policial mais extensa que a biografia, Cunha disparou a arma colocada em suas mãos por Hélio Bicudo.
O triste de tudo isso é saber que o ódio de Bicudo ao PT não vem de divergências políticas e ideológicas, mas por ter-lhe escapado das mãos uma sinecura –ou, como ele declarou aos jornais, “um alto cargo, provavelmente fora do país”.
Dilma não será processada por ter roubado, desviado, mentido, acobertado ou ameaçado. Será processada porque tomou decisões para manter em dia pagamentos de compromissos sociais, como o Bolsa Família e o Minha Casa, Minha Vida.
O TCU viu crimes nessas decisões, embora não os visse em atos semelhantes de outros governos. Mas é o relator das contas do governo, o ministro Augusto Nardes, e não Dilma, que é investigado na Operação Zelotes, junto com o sobrinho. E é o presidente do TCU, Aroldo Cedraz, e não Dilma, que é citado na Lava Jato, junto com o filho. Todos suspeitos de tráfico de influência. Provoca náusea, mas não surpreende.
“Claras las cosas, oscuro el chocolate”, dizem os portenhos. Agora a linha divisória está clara. Vamos ver quem está do lado da lei, do Estado democrático de Direito, da democracia e do respeito ao voto do povo.
E veremos quem se alia ao oportunismo, ao gangsterismo, ao vale-tudo pelo poder. Não tenho dúvidas: a presidente Dilma sairá maior dessa guerra, mais uma entre tantas que enfrentou, sem jamais ter se ajoelhado diante de seus algozes.
FERNANDO MORAIS, 69, é jornalista e escritor. É autor, entre outros, dos livros “Chatô, o Rei do Brasil” e “Olga”

- See more at: http://www.blogdothame.blog.br/v1/#sthash.v5k7EQFX.dpuf

quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Águia Dourada - A POESIA DE CLÁUDIO LUZ

Águia Dourada

Ela era uma águia, alçava vôos no meu coração
Que queimava como as cinzas da Fênix
Brotando beleza e amor.

E “Dourada” era o seu nome
Os seus olhos eram de cristal
Fazendo-me um louco homem
Adormecendo na noite escura que era sua
Brotando o que jamais se consumou
Ela tinha isso

Quando eu era o porto seguro
Ela era o fogo, em seu desejo
De querer ficar livre para sempre e voar entre sonhos,
Entre a terra e a lua, eternos sonhar

Cláudio Luz

terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Festa de despedida do jogador Marcone Amaral será dia 13 em Itajuípe

Festa de despedida do jogador Marcone Amaral será dia 13 em Itajuípe

A festa de despedida dos gramados do jogador Marcone Amaral, será realizada no próximo dia 13 (domingo), na cidade deItajuípe. Marcone Amaral Costa Júnior nasceu em Poções, 5 de abril de 1978) e reside atualmente em Itajuípe onde mantém diversas atividades empresariais em conjunto com os seus familiares.
Marcone foi revelado pelo Vitória, jogou no rubro-negro baiano de 1997 a2001, quando foi negociado com o Venezia da Itália. No entanto, sua estadia na Itália durou pouquíssimo tempo devido ao limite de jogadores estrangeiros imposto pela Federação Italiana de Futebol. Foi então emprestado ao AC Bellinzona, da Suíça, antes de retornar ao Brasil, em 2003, quando defendeu equipes como o Vila Nova-GO, Estrela do Norte,União Barbarense e Marília.
Iniciando sua trajetória internacional foi para o Al-Shamal, onde ficou por quatro anos e em 2008 foi contratado pelo Al-Gharafa. Paralelamente, devido ao longo tempo atuando no país, garantiu a documentação para naturalizar-se qatariano e atuar pela seleção local. Em julho de 2011, acertou com o Al-Jaish, do Qatar, onde encerrou sua carreira como profissional.
TRAJETÓRIA DE MARCONE AMARAL
Marcone
Personal information
Full name
Marcone Amaral Costa Júnior
Date of birth
5 April 1978 (age 37)
Place of birth
Poções, Brazil
Height
1.85 m (6 ft 1 in)
Playing position
Club information
Current team
Number
5
Youth career
1994–1996
Senior career*
Years
Team
Apps
(Gls)
1997–1998
10
(0)
1998–1999
0
(0)
1998–1999
 Bellinzona (loan)
(–)
1999
Vitória
0
(0)
1999–2000
?
-
(–)
2000–2001
Vitória
8
(0)
2001
-
(–)
2002
Vitória
0
(0)
2003
0
(0)
2004
0
(0)
2004
4
(0)
2004–2008
86
(1)
2008–2011
24
(3)
2011–2013
10
(1)
2012
 Al Rayyan (loan)
0
(0)
2013–2014
0
(0)
2014-
National team
2008–
15
(1)
2010
4
(0)
* Senior club appearances and goals counted for the domestic league only.
† Appearances (goals)
Faz parte da programação no dia 13, uma partida de futebol no Estádio Humberto de Oliveira Badaró, entre jogadores profissionais amigos de Marcone, que terá inicio às 12 horas, a entrada será a doação de 2kgs. de alimentos não perecíveis. Às 18 horas haverá uma puxada com um Mini Trio, do estádio para a Praça Régis Pacheco, onde será realizado um show com a Banda Trio da Huanna.

POR FALTA DE DINHEIRO, ELEIÇÕES DE 2016 SERÃO MANUAIS, DIZ PORTARIA DA JUSTIÇA

 Resultado de imagem para voto manual
Do site “Uol”.Por falta de dinheiro, as eleições municipais de 2016 serão realizadas manualmente. É a primeira vez que isso acontecerá desde 2000, quando todo o eleitorado brasileiro começou a votar eletronicamente. A informação de que o contingenciamento impedirá eleições eletrônicas foi publicada no DOU (Diário Oficial da União) desta segunda-feira, 30.

“O contingenciamento imposto à Justiça Eleitoral inviabilizará as eleições de 2016 por meio eletrônico”, diz o artigo 2.º da Portaria Conjunta 3, de sexta-feira (27). O texto é assinado pelos presidentes dos STF (Supremo Tribunal Federal), TSE (Tribunal Superior Eleitoral), STJ (Superior Tribunal de Justiça), TST (Tribunal Superior do Trabalho), STM (Superior Tribunal Militar), TJDF (Tribunal de Justiça do Distrito Federal) e respectivos conselhos.

A portaria afirma ainda que ficam indisponíveis para empenho e movimentação financeira um total de R$ 1,7 bilhão para STF (R$ 53,2 milhões), STJ (R$ 73,3 milhões), Justiça Federal (R$ 555 milhões), Justiça Militar da União (R$ 14,9 milhões), Justiça Eleitoral (R$ 428,9 milhões), Justiça do Trabalho (R$ 423 milhões), Justiça do Distrito Federal (R$ 63 milhões) e Conselho Nacional de Justiça (R$ 131 milhões).

As urnas eletrônicas foram usadas pela primeira vez em 1996. Mas somente nas eleições de 2000 todo o eleitorado votou eletronicamente.

Servidores estaduais têm mais um mês para comprar carros com condições especiais na Ford

 Resultado de imagem para ford fusion2 015
Devido à significativa adesão dos servidores estaduais à parceria entre a Ford e o Clube de Desconto do Servidor, a promoção que concede até 9% de abatimento na compra de veículos foi prorrogada. Os funcionários públicos da Bahia terão, então, todo o mês de dezembro para adquirir os modelos New Fiesta Hatch, EcoSport, Ka, Ka+, Focus Hatch 1.6, Focus Fastback 2.0, Ranger e Fusion, com preços especiais e taxa zero no financiamento.
A iniciativa do Governo do Estado representou uma elevação considerável nas vendas realizadas em novembro. De acordo com a montadora, uma centena de carros foi faturada diretamente na indústria e outros 40, até o momento, estão em cotação.
Do total de veículos comercializados para servidores estaduais, 59% são EcoSport, 26% são Ka, 10% são Ka+, 3% são Focus e 2% são New Fiesta Hatch. Destes, 94% são automóveis fabricados na fábrica da Ford em Camaçari.
Os descontos ofertados por meio do Clube de Desconto do Servidor variam entre 5% e 9%, a depender do catálogo. Em valores reais, o funcionário do Estado pode chegar a economizar R$ 7,5 mil. www.blogdothame.blog.br
Por hoje é só... Vou Guardar a Tesoura, a agulha e a linha: Ponto Final.*Redação: O Bolso do Alfaiate