sábado, 26 de julho de 2014

ALHOS & BUGALHOS

DESDE AMATO, EM 1989, ELITE DEMONIZA NOME À ESQUERDA


REJEITAR CANDIDATO DE ESQUERDA É DOGMA PARA A ELITE FINANCEIRA E EMPRESARIAL BRASILEIRA; NA ELEIÇÃO DE 1989, ENTÃO PRESIDENTE DA FIESP MARIO AMATO PRODUZIU A PÉROLA DA RADICALIZAÇÃO: SE LULA FOSSE ELEITO, 800 MIL EMPRESÁRIOS SAIRIAM DO PAÍS COM DESTINO A MIAMI; MAIS TARDE, EM 2002, PRIMEIRA VITÓRIA FOI CERCADA POR PREVISÕES CATASTROFISTAS JAMAIS REALIZADAS; PELO BANCO GOLDMAN SACHS, ECONOMISTA DANIEL TENENGAUZER CHEGOU A CRIAR UM 'LULÔMETRO'; AGORA, BANCO SANTANDER ASSUSTA CLIENTES SOBRE PERDAS COM A REELEIÇÃO DE DILMA; DESCULPAS NÃO ESCONDEM REPETIÇÃO DO MANTRA DE CADA QUATRO ANOS: O FIM DO MUNDO VEM AÍ.
247 – O RELATÓRIO DESTINADO A CLIENTES RICOS, PRODUZIDO PELOS ANALISTAS DO BANCO SANTANDER, NO QUAL PROJETAM PERDAS FINANCEIRAS DIANTE DE UMA ESCALADA DA PRESIDENTE DILMA ROUSSEFF NAS PESQUISAS ELEITORAIS É TÍPICO. O PEDIDO DE DESCULPAS FEITO LOGO A SEGUIR À DIVULGAÇÃO DA PEÇA NÃO ESCONDE O FATO DE QUE SEMPRE, ENTRA E SAI ELEIÇÃO PARA PRESIDENTE, TANTO O MERCADO FINANCEIRO QUANTO OS EMPRESÁRIOS DE MAIOR VISIBILIDADE PROCURAM, ACIMA DE TODAS AS COISAS, TEMER, REJEITAR E DEMONIZAR OS CANDIDATOS DE ESQUERDA À PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA.
COMO QUEM TEM CHANCES REAIS DE VENCER, DESDE 1989, SÃO OS CANDIDATOS DO PT – COM LULA CINCO VEZES CANDIDATO, E DILMA ROUSSEFF DESENVOLVENDO AGORA SUA SEGUNDA CAMPANHA -, O NOME DO PARTIDO E A PRÓPRIA LEGENDA ACABANDO SOFRENDO A PRESSÃO.
HOJE É FOLCLORE, VIROU PIADA, MAS QUANDO O ENTÃO PRESIDENTE DA PODEROSA FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DE SÃO PAULO (FIESP), MARIO AMATO, DECLAROU QUE 800 MIL EMPRESÁRIOS IRIAM EMBORA DO PAÍS SE LULA VENCESSE AS ELEIÇÕES DE 1989, A FRASE FOI LEVADA MUITO A SÉRIO. FOI ESTAMPADA NA PRIMEIRA PÁGINA DE JORNAIS COMO A FOLHA E O ESTADO, REPERCUTIU EM PROGRAMAS DE TELEVISÃO E VEIO ACOMPANHADA DE TESES SOBRE A INCAPACIDADE DE GOVERNANÇA DO PT E INTENÇÕES DE INTERVIR EM EMPRESAS E NO MERCADO FINANCEIRO QUE, POR FIM, FORAM PRATICADAS PELO VITORIOSO FERNANDO COLLOR.
A DEMONIZAÇÃO A LULA, NO ENTANTO, PROSSEGUIU EM TODAS AS CAMPANHAS NACIONAIS DISPUTADAS PELO EX-PRESIDENTE, INCLUSIVE AS QUE ELE GANHOU. EM 2002, A MISSÃO DE SUPERAR O TUCANO JOSÉ SERRA INCLUÍA, TAMBÉM, SUPERAR UMA IMPRESSIONANTE SÉRIE DE RUMORES, BOATOS E FOFOCAS QUE APONTAVAM PARA UM ESTOURO NAS CONTAS PÚBLICAS NO CASO DA VITÓRIA DO EX-METALÚRGICO. COM A CHANCELA DO BANCO AMERICANO GOLDMAN SACHS, O ECONOMISTA DANIEL TENENGAUZER GANHOU SEUS QUINZE MINUTOS DE FAMA AO CRIAR O QUE CHAMOU DE "LULÔMETRO". CONSISTIA EM MEDIR O NÍVEL DA DISPARADA DA COTAÇÃO DO DÓLAR SOBRE O REAL DE ACORDO COM O CRESCIMENTO QUE LULA APRESENTAVA NAS PESQUISAS. ASSIM, QUANTO MAIS O FUTURO PRESIDENTE AVANÇAVA, MAS O "LULÔMETRO" APURAVA QUE SE CHEGAVA MAIS PERTO DO FIM DO MUNDO CAMBIAL. O REAL SERIA PULVERIZADO.
O QUE SE VIU, NO ENTANTO, DESDE O PRIMEIRO DO MANDATO DE LULA FOI A NORMALIZAÇÃO DE TODOS OS GRANDES INDICADORES DA ECONOMIA E, EM SEGUIDA, O "ESPETÁCULO DO CRESCIMENTO" QUE DEU AO PRESIDENTE UMA REELEIÇÃO TRANQUILA.
AGORA, AO COMPLETAR 12 ANOS SEM REPRESENTANTES DE SEU CAMPO POLÍTICO-IDEOLÓGICO NO PODER CENTRAL, SETORES DO SISTEMA FINANCEIRO E DA CLASSE EMPRESARIAL VOLTAM A DAR AS MÃOS PARA REZAR O MANTRA DO MEDO DA ESQUERDA ACIMA DE TODAS AS COISAS.
NESTA SEXTA-FEIRA 25, A DIVULGAÇÃO DO RELATÓRIO DO SANTANDER A SEUS CLIENTES DE ALTA RENDA TROUXE À LUZ DO DIA O QUE ESTÁ CORRENDO SOLTO NOS BASTIDORES DAS MESAS DE INVESTIMENTOS E DOS ENCONTROS ENTRE GRANDES BARÕES DA INDÚSTRIA. APESAR DE OS TRÊS GOVERNOS SUCESSIVOS DOS PRESIDENTE DE ESQUERDA TEREM PRESERVADO TODOS OS PRINCÍPIOS DA ECONOMIA DE MERCADO, ACRESCENTANDO O DADO DO AUMENTO DO MERCADO CONSUMIDOR COMO UM PONTO QUE DEVERIA SER ATRIBUÍDO A SEU FAVOR, SEUS REPRESENTANTES CONTINUA A SER ATACADOS. DAS MAIS DIFERENTES MANEIRAS. DESTA VEZ, FOI UM RELATÓRIO SEM BASE TÉCNICA SEGUIDO DE PEDIDO DE DESCULPAS. AGUARDA-SE PARA VER O NÍVEL DA PRÓXIMA PROVOCAÇÃO.

POR HOJE É SÓ... 
PONTO FINAL (REDAÇÃO: O BOLSO DO ALFAIATE)

terça-feira, 22 de julho de 2014

ALHOS & BUGALHOS

Ministério Público pede fechamento da cadeia de Itajuípe

 
www.diariobahia.com.br - A cadeia pública de Itajuípe, desativada provisoriamente após ser palco de uma rebelião de presos, pode ser interditada definitivamente para reforma. É que corre na Vara Cível um processo contra o Estado para fechamento do local, solicitado pelo Ministério Público, através da promotora Lívia Luz Farias.Ela já temia o resultado das condições precárias da estrutura. Tanto é que o pedido foi feito poucos dias antes de os internos promoverem um verdadeiro quebra-quebra. A cadeia ficou completamente destruída.Ao Diário Bahia, o juiz Frederico Augusto Oliveira, titular da Vara Cível de Itajuípe, informou que o Estado tem um prazo para apresentar a defesa. Não revelou, no entanto, quanto tempo seria estipulado. Depois disso, o caso será reavaliado e o magistrado tomará a decisão.Até lá, o caos que se instalou na cidade aumenta nas mesmas proporções em que cresce a preocupação da polícia.

Escritor Ariano Suassuna sofre AVC hemorrágico e é operado no Recife

O escritor, dramaturgo e poeta paraibano Ariano Suassuna, de 87 anos, foi submetido a um procedimento cirúrgico, na noite desta segunda-feira (21), no Recife. Ele foi internado por volta das 20h, em função de um acidente vascular cerebral (AVC) do tipo hemorrágico.Suassuna está internado no Hospital Português. Após a cirurgia, que durou aproximadamente uma hora, ele foi transferido para a UTI neurológica, onde está se recuperando. Segundo a assessoria de imprensa da unidade de saúde, o quadro dele é considerado estável pelos médicos.No ano passado, Ariano Suassuna foi internado duas vezes. Em 21 de agosto, o autor sentiu-se mal em casa e precisou ser hospitalizado. Os médicos diagnosticaram um infarto agudo do miocárdio de pequenas proporções. Inicialmente, ele foi encaminhado à unidade coronária, e, depois, transferido para um apartamento do hospital.

Autores lançam e autografam o livro Canavieiras Terra Mater do Cacau
 
A Prefeitura de Canavieiras, por meio da Secretaria da Educação, promoveu na tarde de sexta-feira (18), no auditório Caio Peltier Loureiro, o lançamento do livro “Canavieiras – Terra Mater do Cacau”. Durante o evento, que contou com a participação de professores, alunos, servidores públicos e convidados, foi realizada a tarde de autógrafos com a presença dos dois autores: Aurélio Schommer e o professor e historiador Durval França Filho.
Para a secretária municipal da Educação, Emília Cristina Augusto dos Santos, o livro sobre a história de Canavieiras é um marco histórico, pois vai proporcionar aos canavieirenses aprender a história de sua cidade e descobrir quem foram os seus antepassados. “Conhecendo o passado, eles poderão pensar o próprio futuro”, ressalta a secretária.
Segundo o prefeito Almir Melo, esse projeto tem como uma de suas finalidades mostrar aos “filhos da terra” que a sua cidade é rica em histórias e que a partir da leitura ela poderá ser contada por ele aos amigos de outras cidades. “Este livro proporciona um mergulho na própria identidade e vai ajudar a descobrir o que foi e o que ser canavieirense”, ressaltou o prefeito.
Representando o prefeito Almir Melo, o secretário da Administração, Antônio Amorim Tolentino, disse que o livro “Canavieiras – Terra Mater do Cacau”, dada a sua característica de paradidático, ultrapassa as paredes da sala de aula. “Alunos e professores terão a oportunidade de ver seus pais, avós e demais conhecidos nas histórias contadas no livro”, acentuou.
Também presente ao lançamento, o secretário da Cultura, Jorge Carvalho, elogiou a formatação do livro, que inovou ao apresentar um conjunto de fatos e eventos históricos, abordando a vida da cidade como um todo. “A vida cultural de Canavieiras está estampada no livro e esse trabalho é importante para sabermos nossas raízes”, completou.
Para um dos autores do livro, o jornalista e escritor Aurélio Schommer, toda a história que faz pensar motiva alunos e professores. Para ele, é justamente por isso que “Canavieiras – Terra Mater do Cacau” traz temas da vida cotidiana, importantes para que as pessoas descubram sua identidade, a partir de dados sobre o local em que vive.
O livro, segundo Aurélio Schommer, faz algumas provocações em suas teses, inclusive de origem étnica, pois foi o afrodescendente João Gonçalves da Costa – preto, forro e muito rico (como se dizia à época) – o responsável para a mudança do Puxim para Canavieiras, que se tornou próspera. João Gonçalves da Costa também foi importante na fundação da cidade de Vitória da Conquista.
Aurélio Schommer conta que o livro também tem a finalidade de aumentar a autoestima do canavieirense, apresentando fatos que nunca foram contados pelos livros de história oficial. Um dos exemplos é a participação na luta pela Independência do Brasil (e Bahia). “É um livro para manter o diálogo entre professores e alunos”, frisou.
O professor e historiador Durval França Filho – um dos autores – diz que o livro é resultado de um trabalho diferenciado na editoração de livros sobre história, pois se destina a um público mais amplo e especial – crianças, adolescentes, professore e adultos, de forma geral. “O livro é para ser observado na sua essência”, esclarece o professor Durval.
“Canavieiras – Terra Mater o Cacau”, na opinião do historiador Durval Filho, não é um compêndio de perguntas e respostas, mas um conjunto de ideias que vão retomar novas ideias. Para ele, o livro poderá apontar outros caminhos, que deverão ser esclarecidos numa pesquisa mais aprofundada, a cargo dos historiadores.
O livro “Canavieiras – Terra Mater do Cacau” é editado pela Editora Cultura Editorial, e os primeiros exemplares serão distribuídos entre os estabelecimentos de ensino das redes pública – estadual e municipal – e privada, Biblioteca Municipal Afrânio Peixoto, dentre outas instituições da comunidade.
Elaborado com textos, fotos e mapas, a formatação do livro tem como finalidade tornar a leitura mais atrativa e de fácil compreensão. Com informações bastantes diversificadas, Canavieiras é mostrada nos contextos históricos da política, economia, sociologia, antropologia, religião e cultura. O livro “Canavieiras – Terra Mater do Cacau” aborda, ainda, a riqueza da literatura, sua prosa e poesia; os símbolos oficiais da cidade, como brasão de armas e bandeira, além do Hino da Cidade.

Empreiteira que constrói aeroporto na fazenda do tio de Aécio doa para campanha


Por Redação, com Entre Fatos - de Belo Horizonte - 
Aécio tentou explicar obra realizada na fazenda de seu tio, em Minas
Quando no governo do Estado de Minas Gerais, o candidato do PSDB à presidência da República,Aécio Neves, liberou a construção de um aeroporto em uma fazenda de propriedade do tio dele, na cidade de Cláudio, interior do Estado. A obra, que custou cerca de R$ 14 milhões aos cofres públicos, foi concluída em 2010, na fazenda de Múcio Guimarães Tolentino, o tio do senador. A denúncia, que gerou protestos por todo o país, não para na possível malversação do Erário, mas chama atenção para fatos como o equipamento, embora público, ser administrado pela família deAécio e, segundo o diário conservador paulistano Folha de S.Paulo, autor da denúncia, quem “tem a chave” para acessa-lo é o próprio Múcio Tolentino.
Na nota que divulgou na manhã de domingo, Aécio tentou dar explicar o negócio envolvendo o governo mineiro – sob sua gestão – e da família. Ele alega que o “antigo proprietário” contesta o valor da desapropriação promovida pelo Estado para implementar o aeroporto. Ou seja, o tio de Aécio teve um aeroporto construído em sua fazenda, com dinheiro do governo do Estado, gerido pelo sobrinho, “tem a chave” da pista e quer receber mais do que determinaram as perícias de uma desapropriação que ao que tudo indica só se deu no papel.
A novidade, porém, fica por conta da empresa que venceu a licitação para a obra ser doadora da campanha eleitoral de Aécio Neves. A Vilasa Construtora doou R$ 67 mil para o comitê de Neves na disputa ao governo mineiro, em 2006. A informação está registrada no Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais. Em 2010, quando o aeroporto foi construído, o sucessor de Aécio, Antonio Anastasia, recebeu R$ 20 mil da empresa para sua campanha.
Os valores não são expressivos no montante geral de gastos dos candidatos. Em 2006, Aécio orçou junto à Justiça Eleitoral sua campanha em R$ 20 milhões. Já em 2010, Anastasia estimou gastar R$ 35 milhões. Entretanto, os recursos repassados pela empresa aos tucanos figuram no rol de episódios em que empresas fazem doações eleitorais e conquistam também contratos públicos. A Vilasa já foi contratada para outras obras do governo mineiro, como informa seu site, em empreendimentos de Copasa (Companhia de Saneamento) e Departamento de Estradas de Rodagem de Minas Gerais. Também já prestou serviços para o DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) e outros órgãos públicos.

POR HOJE É SÓ...PONTO FINAL (REDAÇÃO: O BOLSO DO ALFAIATE)

quinta-feira, 17 de julho de 2014

ALHOS & BUGALHOS

O SUICÍDIO POLÍTICO DOS QUE APOSTARAM CONTRA A COPA


Eduardo GuimarãesEDUARDO GUIMARÃES
Ironicamente, dois extremos do espectro político se uniram, tacitamente, contra a realização do maior evento esportivo do planeta
Teve Copa e teve final da Copa, apesar dos grupos políticos (de esquerda e direita) que tentaram sabotar o evento e que, por resolverem simplesmente tratar a opinião pública como idiota, protagonizaram um dos maiores fiascos políticos da história recente. Um fiasco cujo preço será pago por eles nas próximas eleições.
Ironicamente, dois extremos do espectro político se uniram, tacitamente, contra a realização do maior evento esportivo do planeta. Direita e ultraesquerda, cada uma a seu modo, tentaram sabotar aquele evento e se deram muito, muito, mas muito mal mesmo, como se verá adiante. 
De um lado, grandes grupos empresariais de mídia e partidos de direita (PSDB, DEM e PPS) tentaram faturar politicamente a Copa apostando em problemas de organização do evento que bastava um mínimo de reflexão para perceber que não ocorreriam.
Ao longo dos últimos anos, uma literal avalanche de reportagens e textos opinativos da grande mídia – todos apoiados em manchetes espalhafatosas ao extremo – inventaram que os preparativos para o evento redundariam em fiasco anunciado. Para tanto, apoiaram-se em problemas comuns em qualquer programa de obras públicas no Brasil, seja ele levado a cabo por que partido for.
De fato, burocracia e problemas sociais do Brasil garantem "matéria-prima" a qualquer um que queira acusar governantes de não estarem sabendo levar a cabo esses programas de obras públicas. São problemas de licenças ambientais, de contestações na Justiça e de pessoas em situação de fragilidade social.
Desde que começou a ladainha oposicionista-midiática sobre "caos" durante a Copa era mais do que visível que havia um exagero quase infantil, oriundo da premissa estúpida de que o país é governado por completos incompetentes, incapazes de somar dois mais dois.
Ora, alguém acredita que sob aquela saraivada de vaticínios sobre o fracasso da organização da Copa o governo não cercaria por todos os lados as chances de algo dar errado? Subestimaram gravemente o poder do Estado para realizar um evento que, por grande que possa ser, em um país com 200 milhões de habitantes não assusta ninguém.
O governo estima que cerca de 1 milhão de pessoas vieram ao Brasil assistir à Copa. Em um país acostumado a lidar com contingentes populacionais infinitamente maiores, receber essa quantidade de gente não geraria o grau de dificuldade que pintaram.
O que vai nas linhas acima foi previsto incontáveis vezes neste Blog. A diferença, agora, é que aquela previsão não pode mais ser contestada porque a Copa transcorreu muito bem. Aliás, segundo vários analistas estrangeiros, melhor até do que em eventos similares no "Primeiro Mundo".
A mídia, os partidos e a militância de direita, porém, continuam batendo na tecla de que algumas "obras da Copa" não ficaram prontas. A Folha de São Paulo, por exemplo, publicou nesta terça-feira (15) matéria sobre "Herança de 23 obras por fazer", como que tentando salvar seus vaticínios derrotistas.
Nem diante do fato inegável de que obras inseridas inicialmente no cronograma preparativo da Copa – e que, depois, foram excluídas desse cronograma – não fizeram falta, os pretensos sabotadores do evento sentiram-se intimidados em dizer bobagens e tomaram o cuidado de calarem as bocas.
Agora, como se estivessem vencendo esse jogo (político-partidário) de goleada, os grupos políticos de direita e ultraesquerda que tentaram sabotar a Copa tentam vender a teoria de que o evento não deixará legado, ou que deixará um legado negativo.
Por outro lado, não há como a mesma mídia oposicionista esconder a enxurrada de avaliações positivas sobre a organização da Copa e sobre os benefícios que realizar o evento no Brasil deixará ao país. Assim, aqui e ali já são vistas análises abalizadas sobre o legado do evento.
Na última segunda-feira, o instituto Datafolha registrou pesquisa eleitoral no TSE em busca de "boas notícias" sobre a derrota fragorosa da Seleção. Quais sejam, de que os brasileiros tenham misturado política e futebol e estejam culpando Dilma Rousseff.
A pesquisa também questiona se o entrevistado aprovou a organização da Copa. Pela lógica, respostas positivas deveriam ser esmagadoramente majoritárias. E também integra a mais pura lógica a constatação de que o "caos" previsto era apenas torcida política e que isso influencie outros quesitos da pesquisa, inclusive as intenções de voto de Dilma.
Claro que estamos falando de lógica e essa nem sempre prevalece entre as massas...
Sobre a tentativa de sabotagem da direita, era isso. Agora vejamos a sabotagem pela esquerda, que já se sabe que foi outro desastre político para os seus autores – como sempre, setores da esquerda que ajudam a direita e não lucram nada; pelo contrário, perdem.
Os grupos políticos pretensamente espertos que cooptaram movimentos sociais legítimos e os usaram como massa de manobra valendo-se de mentiras como a de que foi tirado dinheiro público da saúde e da educação para realizar a Copa, deverão ser triturados nas próximas eleições.
Tendo o PSOL à frente, esses grupos provocaram ojeriza na sociedade por tratá-la como idiota.
Os protestos que esses partidos de ultraesquerda organizaram exageraram na estupidez. Tentaram vender à sociedade que a violência que invariavelmente se fazia presente a cada protesto contra a Copa foi obra de ninguém. Mas quem não sabe que protesto contra a Copa se tornou sinônimo de vandalismo de black blocs ou do que quiserem chamar os energúmenos que chegaram a assassinar um cinegrafista de tevê "por acidente"?
Vemos agora o caso dos ativistas cariocas presos na véspera da Final da Copa. Em que pese ser perturbadora a suspeita de que foram presos "sem motivo" e em "antecipação ao que fariam", o histórico dessas pessoas e as alegações da polícia são tratados como nada, como se tudo fosse vento.
É óbvio que, em se tratando da polícia brasileira, não é de todo incrível a acusação de que ela pode ter plantado provas contra esses ativistas. Mas se eles não tinham nada que ver com os planos que circularam fartamente nas redes sociais de melar a Final da Copa provocando uma guerra campal com torcedores argentinos, para que prendê-los? Por antipatia?
A polícia do Rio apresentou artefatos supostamente encontrados com as mais de duas dezenas de pessoas que prendeu, como a ativista Elisa Quadros, a "Sininho", ligada ao PSOL do Rio de Janeiro. E prometeu concluir o inquérito e apresentar as provas em cerca de 10 dias.
Das duas, uma: ou a polícia montou uma farsa digna das piores ditaduras ou esses grupos que defendem essa tese sobre "provas plantadas" enlouqueceram por fazerem tal afirmação de forma tão peremptória.
Tenho lido postagens em sites que defenderam os protestos contra a Copa afirmando, sem hesitar, que foi tudo inventado. A polícia teria ido buscar Sininho lá no Rio Grande do Sul – ela, que vive no Rio – por pura picuinha ou para usá-la como bode expiatório ou por sabe-se lá que outra razão.
Abaixo, imagem dos artefatos e do relatório apresentados pela polícia.
O laudo policial foi feito pelo Esquadrão Antibombas carioca e afirma que os ativistas presos se organizaram pelas redes sociais para provocar uma tragédia na decisão da Copa do Mundo, no domingo, no Maracanã.
Também afirma que com um casal preso foi encontrada uma bomba caseira com potencial letal. Segundo a polícia carioca, o artefato tinha "140 gramas de pólvora" e explica que "para se ter uma ideia, o rojão que matou o cinegrafista Santiago Andrade, em fevereiro deste ano, continha 60 gramas".
 Se tudo isso foi "plantado" nas casas dos ativistas presos, trata-se de um escândalo sem tamanho. Os policiais e quaisquer outras autoridades que tenham montado tal cenário seriam criminosos perigosos e deveriam ser presos imediatamente.
Fica difícil acreditar piamente em qualquer das versões. Há que esperar esses dez dias prometidos pela polícia para apresentar, também, transcrição oficial de escutas telefônicas, entre as demais provas.
O delegado Alessandro Thiers, chefe da Delegacia de Repressão a Crimes de Informática, responsável pelo caso, rejeita as acusações de que foram "prisões arbitrárias". Segundo ele, "É leviano tratar a investigação como se fosse política sem conhecê-la".
O delegado também afirma que "Não tem nenhuma banalidade sendo investigada", e pergunta: "O que um manifestante pacífico faria com coquetel molotov e bomba caseira?". Conclui informando que "Os advogados dos presos tiveram amplo acesso aos documentos da investigação".
Não se pode endossar essa versão, mas daí a trata-la como clara farsa vai uma distância imensa.
Pergunta: e se daqui a alguns dias a polícia apresentar, por exemplo, escutas telefônicas que comprovem que as pessoas presas planejavam provocar uma tragédia, muito provavelmente com mortes, como é que fica?
Os ativistas mais radicais desses movimentos contra a Copa e de outros movimentos assemelhados que convocam protestos nos quais os black blocs têm presença obrigatória dizem abertamente que "Sem violência não adianta protestar, pois protestos pacíficos não incomodam". Qualquer um que já visitou uma dessas páginas na internet que defendem protestos violentos, sabe disso.
As pessoas, com efeito, podem acreditar no que quiserem. Mas colocar em prática crenças dessa natureza é crime, sim.
Independentemente de qualquer coisa, há que exigir com grande, enorme, imensa veemência que a polícia prove e comprove as razões que a levaram a efetuar essas prisões. Ao longo das próximas semanas, essas provas têm que aparecer e têm que ser, no mínimo, suficientes para justificar grave suspeita, suficiente para prender pessoas de vida ilibada como a professorinha da UERJ.
A pior conduta que se pode adotar em uma situação como essa, porém, é a que está sendo vista por parte dos que defenderam e continuam defendendo os movimentos Não Vai Ter Copa. Aceitar que vidas sejam colocadas em risco porque um grupo não aceita a "democracia representativa", chega a ser surreal.
Ao ignorar a revolta da sociedade com a violência de movimentos como esses de que participam "Sininho" e companhia limitada, esses grupos de esquerda cometeram literal suicídio político. Pior que o da direita que garantiu, com base nos próprios desejos, que a organização da Copa seria um fiasco.
POR HOJE É SÓ... PONTO FINAL (REDAÇÃO: O BOLSO DO ALFAIATE)

domingo, 13 de julho de 2014

ALHOS & BUGALHOS

Depois de construir Maracanã, general do Exército nunca mais conseguiu trabalho

ENGENHEIRO-CHEFE DA OBRA DO MAIOR ESTÁDIO DO MUNDO, HERCULANO GOMES FOI INJUSTAMENTE ACUSADO DE DESVIOS

POR 

GENERAL HERCULANO GOMES, QUE NADA GANHOU PARA CONSTRUIR O MARACANÃ, DURANTE PALESTRA: LUTA PARA PROVAR INOCÊNCIA - ARQUIVO O GLOBO / ARQUIVO
RIO — “ENGENHEIRO HERCULANO GOMES, EX-DIRIGENTE DAS OBRAS DO ESTÁDIO MUNICIPAL DO DISTRITO FEDERAL, OFERECE-SE PARA CONSTRUIR OU FISCALIZAR CONSTRUÇÕES DE QUALQUER NATUREZA”, DIZIA O HUMILDE ANÚNCIO PUBLICADO NOS CLASSIFICADOS DO “CORREIO DA MANHÃ" E DA “TRIBUNA DA IMPRENSA", EM FEVEREIRO DE 1952. OS INTERESSADOS DEVERIAM ENVIAR UMA CARTA PARA A RUA JARDIM BOTÂNICO, 581, OU LIGAR PARA O NÚMERO 46-1515. MAS AS CARTAS NÃO CHEGAVAM, O TELEFONE NÃO TOCAVA. NINGUÉM QUERIA CONTRATAR O HOMEM RESPONSÁVEL POR ERGUER, EM APENAS UM ANO E DEZ MESES, O MAIOR ESTÁDIO DO MUNDO.
A VIDA DE HERCULANO GOMES DIVIDE-SE EM DOIS MOMENTOS: ANTES E DEPOIS DO MARACANÃ. CONSIDERADO O MAIOR ESPECIALISTA EM CONCRETO ARMADO DO PAÍS, ELE FOI CONVIDADO PELO ENTÃO PREFEITO — E AMIGO DE LONGA DATA — ÂNGELO MENDES DE MORAES PARA SER O ENGENHEIRO-CHEFE DA OBRA. SUA ESPOSA, DONA CELIA DE CAMPOS GOMES, NÃO GOSTOU DA IDEIA, MAS ACABOU CONVENCIDA PELO PRÓPRIO PREFEITO DE QUE SEU MARIDO ERA O NOME CERTO PARA O DESAFIO. SUA DEDICAÇÃO FOI EXEMPLAR. NO CALOR DA OBRA, QUANDO OS OPERÁRIOS TRABALHAVAM 24 HORAS POR DIA, ELE DECIDIU MUDAR-SE PARA O CANTEIRO, ONDE IMPROVISOU UM QUARTO. MOROU NO MARACANÃ, LONGE DE SUA FAMÍLIA, DURANTE TRÊS MESES.
— COMO ERA GENERAL DO EXÉRCITO, ELE NÃO RECEBIA SALÁRIO PELA CONSTRUÇÃO. ESTAVA CEDIDO PARA A OBRA A PEDIDO DO PREFEITO. NUNCA GANHOU UM CENTAVO — CONTA UMA DAS NETAS, A ARTISTA PLÁSTICA KATIE HALL BARBOSA.
TERMINADA A COPA DO MUNDO DE 1950, O SERENO E ELEGANTE HOMEM, FILHO DE ALFAIATE E DE UMA DONA DE CASA, FOI ACUSADO DE TER DESVIADO UMA FORTUNA NA CASA DOS 57 MILHÕES DE CRUZEIROS. ERA A CORDA ARREBENTANDO DO LADO MAIS FRACO, JÁ QUE O PRÓPRIO PREFEITO, PRESSIONADO PELA OPOSIÇÃO, INSTAUROU A PRIMEIRA DE TRÊS COMISSÕES CRIADAS PARA APURAR POSSÍVEIS IRREGULARIDADES.
DURANTE OS NOVE ANOS SEGUINTES, ATÉ 1959, HERCULANO PEREGRINOU POR GABINETES DE SECRETÁRIOS, PREFEITOS, MINISTROS E PROCURADORES. CARREGAVA CONSIGO PASTAS E MAIS PASTAS, REPLETAS DE DOCUMENTOS E CONTRATOS QUE ELE GUARDAVA ZELOSAMENTE PARA TENTAR PROVAR SUA INOCÊNCIA. COM SUA CARREIRA DE ENGENHEIRO ESTRAÇALHADA, O GENERAL DO EXÉRCITO TENTAVA SALVAR O QUE LHE ERA MAIS PRECIOSO: A HONRA DE SEU NOME. ÀQUELA ALTURA, UMA MISSÃO MUITO DIFÍCIL.
— FIZ UM RELATÓRIO MINUCIOSO SOBRE O ESTÁDIO DO MARACANÃ. HAVIA IRREGULARIDADES, MAS NADA CONTRA ELE. NÃO O CITEI EM NENHUM TRECHO DO RELATÓRIO, POIS SABIA TRATAR-SE DE UM HOMEM DE BEM — AFIRMA EMÍLIO IBRAHIM, QUE ASSUMIU EM 1960 A ADMINISTRAÇÃO DOS ESTÁDIOS DA GUANABARA E DEPOIS TORNOU-SE SECRETÁRIO DE OBRAS DO GOVERNO CARLOS LACERDA.
POR FIM, A TRÁGICA MORTE DO FILHO
A VIDA DE HERCULANO FOI INVESTIGADA POR TODOS OS LADOS. OS PARLAMENTARES ESTAVAM ÁVIDOS PARA ENCONTRAR QUALQUER INDÍCIO DE ENRIQUECIMENTO ILÍCITO. NÃO ENCONTRARAM NADA QUE O INCRIMINASSE. PELO CONTRÁRIO: COM A FALTA DE TRABALHO, AS FINANÇAS DA FAMÍLIA — HERCULANO, A MULHER E QUATRO FILHOS — ESTAVAM NAS ÚLTIMAS. A CASA DE DOIS ANDARES E QUATRO QUARTOS NA RUA JARDIM BOTÂNICO —, ONDE HOJE FUNCIONA UMA CLÍNICA VETERINÁRIA, PERTO DA RUA FARO —, ÚNICO BEM DO GENERAL, FOI À EXECUÇÃO JUDICIAL.
EM 1951, ELE CHEGOU A EMPENHAR JOIAS DE SUA ESPOSA, TAMANHA A DIFICULDADE. DONA CELIA HERDOU UM PEQUENO TERRENO EM JUIZ DE FORA E ACABOU SENDO CITADA EM EDITAIS DE AÇÃO EXECUTIVA, POIS O MARIDO NÃO TEVE MEIOS DE PAGAR O IMPOSTO CABÍVEL À HERANÇA DE UM ÚNICO ALQUEIRE. EM DOCUMENTO REDIGIDO POR ELE MESMO EM SUA DEFESA, FOI IRÔNICO: “ESTE É O TALVEZ ÍMPROBO MANEJADOR DE MILHÕES, QUE TAMBÉM TERIA PERMITIDO FOSSEM DILAPIDADOS POR AUXILIARES VORAZES. NÃO TERIA ACEITADO O ENCARGO SE ACASO SUSPEITASSE QUE O MARACANÃ SE TRANSFORMARIA EM SINISTRO GUET-APENS (EMBOSCADA, EM FRANCÊS), ARMADO PELO PRÓPRIO CHEFE QUE ME ESCOLHERA”.
EM ENTREVISTA AO “JORNAL DOS SPORTS", DECLAROU AO REPÓRTER QUE SEU PROCESSO “ANDOU DE MÃO EM MÃO, COMO BATATA QUENTE”. E INTERROGOU: “SE FOSSE TÃO CLARO, TÃO DEFINITIVO ASSIM, NÃO ACHA QUE TERIA ENCONTRADO FIM MAIS DEPRESSA? NÃO É ESTRANHO QUE SE HAJA CONSUMIDO EM LABIRINTOS E SÓ HOJE VENHA A FURO?” HERCULANO ESCREVEU UM LIVRO, AINDA NÃO LIDO POR NINGUÉM, INTITULADO “A DEMOLIÇÃO DE UMA CALÚNIA”. KATIE, SUA NETA, PROMETEU PARA SI MESMA QUE UM DIA CONSEGUIRÁ PUBLICÁ-LO.
— VOVÔ ERA UM HOMEM CORRETO E DIGNO, LIGADO À FAMÍLIA. APONTAVA SEUS LÁPIS IMPECAVELMENTE COM UM CANIVETE. ADORAVA OUVIR MÚSICA CLÁSSICA. LEMBRO DELE ANDANDO PELA CASA, ENQUANTO A MÚSICA TOCAVA, IMITANDO OS MOVIMENTOS DE UM MAESTRO. FALAVA POUCO E ERA MUITO CARINHOSO — LEMBRA KATIE.
MAS A MAIOR TRAGÉDIA DE HERCULANO AINDA ESTAVA POR VIR. EM 1961, APENAS DOIS ANOS APÓS SER INOCENTADO DAS ACUSAÇÕES, SEU CAÇULA DE 20 ANOS CAIU DE MAU JEITO AO MERGULHAR DA PEDRA DO ARPOADOR. COM O IMPACTO DA QUEDA, HERCULANINHO FICOU TETRAPLÉGICO, MAS NÃO RESISTIU AO EXCESSO DE ÁGUA NOS PULMÕES E MORREU DEZOITO DIAS DEPOIS. O GAROTO, ÚNICO FILHO HOMEM, ERA A ALEGRIA DO PAI.
— ELE COMEÇOU A BEBER MUITO. NÃO ENCONTROU MAIS RESPOSTAS NA IGREJA CATÓLICA E VIROU ESPÍRITA — CONTA A HISTORIADORA VÂNIA FRAGOSO PIRES, TAMBÉM SUA NETA.
O QUARTO DE HERCULANINHO VIROU SEU ESCRITÓRIO. ERA LÁ QUE ELE PASSAVA HORAS E HORAS LENDO LIVROS KARDECISTAS. DOIS ANOS DEPOIS, O GENERAL SOFREU UMA PARADA CARDÍACA NA VARANDA DO QUARTO. ERA 11 DE JANEIRO DE 1963, ELE TINHA 63 ANOS.
HÁ NÃO MUITO TEMPO, KATIE E SUA FAMÍLIA CONHECERAM UM ANTIGO FUNCIONÁRIO DO MARACANÃ — ISAÍAS AMBRÓSIO, FALECIDO EM 2012 — CONTRATADO PELO AVÔ. E EMOCIONOU-SE AO OUVIR DELE QUE VIA HERCULANO, POIS SEU ESPÍRITO AINDA VAGAVA PELO ESTÁDIO.
POR HOJE É SÓ... PONTO FINAL
 (REDAÇÃO: O BOLSO DO ALFAIATE)