domingo, 26 de junho de 2022

O nosso Amor


As esperanças tornam-se tão longas diante de meus olhos

E elas estão chegando através do aroma das rosas cálidas matinais. Subitamente sinto a tua presença distante, na utopia que teima em meu ser.

Mesmo sabendo que o seu amor não vai chegar

Queria estar com você noite e dia

Pois, você tem o poder de brilhar, brilhar, brilhar

Mesmo sabendo que o seu amor não vai esperar.

Espero pra ver o pôr-do-sol nos seus olhos,

Resistindo, hesitando e sentindo, porque o nosso amor não vai esperar.

Hoje distante, na cidade nua,

Vou te dizer que eu adoro seu jeito de ser

E quando a lua aparece para brilhar e iluminar o céu

Pressente que o seu amor vai chegar.

Espero mais uma vez, que você não hesite,

E me mostre o pôr-do-sol nos seus olhos

Refletindo candidamente o momento maior...

Porque nosso amor, não pode de fato esperar! 

sexta-feira, 24 de junho de 2022

Cronica de Walmir Rosário

JOÃO CALÇA FROUXA, FELIZ NO JOGO, INFELIZ NO AMOR

Montagem de rosto de João Calça Frouxa*

Por Walmir Rosário*

Por volta de 1963 apareceu no bairro da Conceição, em Itabuna, um jovem, ainda adolescente, que começou chamar a atenção pela sua intimidade com a bola. Em poucos dias, já estava aclimatado com os desportistas e era um dos primeiros a ser escolhido para os babas em todos os campinhos que chegava. Não tinha medo de zagueiros e zombava das pancadas que eles davam com dribles desconcertantes, deixando-os caídos ao chão enquanto partia para cruzar a bola ou entrar na área e fazer o gol.

Garoto acanhado no meio social – talvez pela sua pequena condição social – se transformava num gigante quando o assunto era futebol. Seu nome: João Calça Frouxa, apelido que trouxe de sua terra natal, Buerarema, ou Macuco, como ainda chamávamos – por força de hábito – o recém-emancipado distrito de Itabuna. Passou a ser convidado para os “babas” e as partidas dos times mais importantes do bairro da Conceição.

Fora de campo, fazia bicos para comerciantes, fazendo a entrega de mercadorias e das compras na feira para as donas de casa. Se especializou em mandados. Quando não estava nos afazeres ou nos campos de pelada era visto tomando banho no rio Cachoeira e pescando. Devidamente ambientado, não queria saber de outra vida, já que conseguia todas as regalias que sua vida de menino pobre em Buerarema não podia lhe oferecer.

Enquanto ganhava desenvoltura junto à população, principalmente às pessoas ligadas ao futebol, pouca intimidade tinha com as letras, pois nunca foi afeito a livros, cadernos e lápis. Gostava mesmo era de driblar os adversários, desmoralizá-los – no bom sentido. Nos dias em que estava inspirado, mandava fazer fila e saia “costurando” a torto e a direito, não poupando nem mesmo o goleiro adversário, aplicando meias-luas, banhos de cuias (chapéus) até jogar a bola no gol.

Desde Buerarema que não frequentava a escola. “Era ‘rude’ pra essas coisas da cabeça”, diziam frequentemente, enquanto o elogiavam na arte do futebol. Era capaz de passar o dia inteiro pelos campos, jogando seguidos “babas” ou nas rodas de “bobo”. Nem via o tempo passar. Só saía mesmo quando tinha um mandado para fazer e ganhar um troco. Seu traje, invariavelmente, era uma camisa de algodão cru e um calção de estopa ou mesclinha, que ia até o joelho.

No bairro da Conceição, João Calça Frouxa morava com uma irmã no alto da rua Bela Vista, até que despertou a curiosidade de um parceiro de “baba”, Carlos Guimarães, o Caroba, que descobriu a condição de analfabeto do amigo. Com muita paciência, Caroba pegava na mão de Calça Frouxa para ensiná-lo a escrever, após um trecho de leitura. Até que ele conseguiu “desenhar” o seu nome: João Cantídio dos Santos, até então desconhecido de todos.

Quem lembra bem de João Calça Frouxa nas peladas é Raul Vilas Boas, goleiro estiloso que gostava de imitar as “pontes” praticadas pelo goleiro do Flamengo, Marcial. “João Calça Frouxa era um ponta-direita habilidoso, que driblava bem, jogava em direção ao gol, jogava muito. Era considerado um novo Garrincha, pois driblava bem e ia pra cima, com velocidade. Dava um tapa na bola pela direita e quando o lateral virava ele já estava na cara do gol.

Quem o levou para a equipe do Botafogo juvenil do bairro da Conceição foi o técnico Zito Baú, que o considerava como um dos melhores ponteiros do Botafogo, em toda a sua história. A exemplo de outro ponta-direita, o consagrado Mané Garrincha, João Calça Frouxa pouca importância dava aos bens materiais. Afinal, se sentia o máximo ao fazer os adversários de “gato e sapato” e ainda tinha sua fonte de renda garantida para as farras com mandados que fazia no bairro.

No livro “A bela assustada”, o jornalista e escritor Antônio Lopes dedica uma crônica – O anjo com a calça frouxa – ao ilustre personagem. Lá pelas tantas, ele cita o entusiasmo do médico Vilfredo dos Santos Lessa ao ver as diabruras do jovem futebolista:

– Digam-me! Digam-me! De que planeta evadiu-se aquele menino endemoniado, e com a calça frouxa? Foi o suficiente...o chiste do médico teve o poder de batizar Joãozinho, que por ser Joãozinho sem nome, passou a chamar-se Joãozinho Calça Frouxa. E nem precisou de certidão lavrada no cartório de Raymundo Santana Fontes, ou água benta de batismo em missa do Padre Granja, para essa escolha cair no gosto da população –.

Na mesma crônica, João Calça Frouxa – ainda menino – é chamado por Abel, zagueiro direito do lendário Bahia de Itajuípe, que não gostava de marcá-lo: “Era o Capeta”. E Antônio Lopes lamenta que o craque não teve a oportunidade de transportar sua arte de Buerarema para o Maracanã, dali até os grandes estádios (hoje, sei lá os motivos, chamados... “arena”) do Japão, Inglaterra, Oropa, França e Bahia, de onde, para virar o jogador do século, era apenas um passo (ou um passe).

Não deu tempo! O delírio das torcidas com as firulas e o assanhamento de João Calça Frouxa nos campos de futebol teve vida curta. Enlouqueceu cedo. Lembro que, mesmo nessa condição, continuou a trabalhar nos mandados, conversando sozinho, xingando a mãe da garotada que mexia com ele. Certa feita, tomou uma queda e passou meses com um aparelho de aço espetado no braço, sem os devidos cuidados higiênicos. Uma lástima!

Nas estórias contadas sobre os motivos que o deixaram abilolado (como chamavam à época) estaria um amor não correspondido por uma bonita moça normalista, filha de um pequeno cacauicultor, que preferiu continuar os estudos a se dedicar ao namoro. Teria sido a gota d’água na cabeça do ponta-direita do Botafogo de Rodrigo Antônio Figueiredo, que nunca mais driblou seus adversários e, ainda por cima, tomou um elástico no amor.

Anos depois, esquecido por estar sumido da torcida e amigos, morre num asilo João Cantídio dos Santos. João Calça Frouxa torna-se apenas uma lembrança dos amantes do futebol atrevido, endiabrado, moleque, do menino habilidoso de Buerarema, que poderia ter encantado o mundo. O tinhoso ponta-direita que prometia ser um segundo Garricha teve seus últimos dias no estilo de Heleno de Freitas, outro grande craque do Botafogo carioca.

Feliz no jogo, infeliz no amor!


Montagem com a imagem do rosto de João Calça Frouxa retirada de filme no You Tube, em filmagem de Gilvan Filmagens Martins (https://youtu.be/6OpllRBm5okcom o velho Maracanã ao fundo.  

quinta-feira, 16 de junho de 2022

 

OS COSTUMES DO CACAU E DOS POLÍTICOS

Provam do cacau e continua tudo na mesma

Por Walmir Rosário

A cacauicultura, que já teve a primazia de ser a principal matriz econômica do Sul da Bahia, sempre andou de mãos dadas com os políticos, com troca de favores em determinados períodos, estes nem sempre cumpridos. E às vezes os políticos tinham razão, haja vista que os esperados votos barganhados nunca apareciam nas urnas conforme os totais aprazados.

Nas cidades do Sul da Bahia sempre foi costumeira a dispersão dos votos para quase todos os candidatos – dos vários partidos –, não importando de que regiões venham e quais os compromissos assumidos com as causas regionais. Era um suplício para os comunicadores verificarem as listas da apuração dos votos, dado ao número de candidatos a deputados – estadual e federal – que foram sufragados nas urnas.

E não era nenhuma novidade para nenhum deles na promoção das chamadas “casadinhas” que, se não rendiam votos regionais suficientes para conferir um mandato, pelo menos ajudavam. Políticos e eleitores da casa sempre reclamaram dessa prática, mas o hábito nunca mudou, se transformando apenas em meras reclamações dos perdedores, inconformados com a falta de votos.

E entre tapas e beijos esses relacionamentos conflituosos continuam como costume a ser seguido, pois o bom mesmo é que pinguem os votos nas urnas de todo o estado da Bahia, não importando onde. Eleitos, quando cobrados a honrarem as promessas feitas durante a campanha eleitora, simplesmente dizem não terem o que fazer, pois não foram votados maciçamente, não lhes conferindo poder para brigar em Salvador e Brasília.

Bem, mas essa é só uma pequena parte dos conflitos pós-eleitorais dos deputados sem o prestígio suficiente junto aos governos do estado e federal, ou sem a devido relacionamento com a poderosa mídia. Outros políticos que detêm esses poderes vão além e fazem as coisas acontecerem com mais “barulho”, pois sabem como encaminhar os pedidos, os pleitos de anos sem qualquer solução.

O mundo do cacau é diferente de outras regiões, pois sempre foi rico (ou pelo menos considerado), se preocupando em ganhar dinheiro, deixando a complicada arte da política para os novos amigos da capital ou outras regiões. Tanto é assim que poucas lideranças conseguem se eleger com os votos do Sul da Bahia. Muitos dos que já foram precisaram das “casadinhas” com candidatos de outras regiões, com raríssimas exceções.

E desde que existe eleição não é segredo que as contas de chegar dos votos nunca enganaram as duas partes: o político faz de conta que acredita nos votos prometidos e a liderança engana na contrapartida. Muitos destes se contentam apenas sair nas fotos em que fazem com os candidatos, como demonstração de poder, ser “o amigo do rei”, jactando-se serem da cozinha de tais deputados ou autoridades.

Nada mais falso, a exemplo de uma cédula de três reais. E por que se submetem a esse tipo de relacionamento promíscuo? As vantagens advindas do que não está escrito ou pactuado entre eles. Em conversa com alguns políticos ao longo dessas várias décadas de militância na comunicação, ouvi bastante que a política é a arte de ser sabido, pois só assim é que conseguiram se eleger.

E vários diziam abertamente que defender as causas da cacauicultura não daria o resultado esperado na urnas, embora pudessem estar constantemente na mídia regional, estadual e nacional. E não é por menos, já que o cacau não é somente uma importante commodity e sim o fruto emblemático das histórias contadas pelo escritor itabunense Jorge Amado, com ou sem a ideologia.

Marketing melhor não há do que as entrevistas nas emissoras de rádio, televisão, jornais e redes sociais com a cobrança das providências junto às autoridades competentes, apresentando uma extensa lista de reivindicações. E tome-lhe pedido de providências, discurso inflamado no plenário vazio, encontro com ministros, todos devidamente com a cobertura da mídia, para a prestação de contas aos futuros eleitores.

Alguns, até, conseguem furar a agenda presidencial e programam viagem com o presidente da República e ministros à Ceplac, com promessas de soluções importantes e imediatas. Para delírio da população, fotos e imagens televisivas mostram as autoridades examinando pés de cacau infestados por vassoura de bruxa, e cacaueiros sadios, cujos frutos são quebrados na hora para o deleite do paladar de nossas autoridades.

Nos discursos, tudo resolvido, solucionado, com o excelso poder da caneta governamental em portarias, decretos, leis e medidas provisórias. Enquanto não chega a eleição a papelada tramita em Salvador e Brasília, enquanto as notícias ocupam grande espaço na mídia. Mas como não querem nada, os burocratas tomam todas as providências necessárias para que fiquem emperradas, no esquecimento, logo após a eleição.

O que não se faz para conseguir votos…


terça-feira, 14 de junho de 2022

 

porquehojeeterçaapoesiadeclaudioluz

 Só nos resta viver


 

Quero sentir saudades no

Amanhecer, quando bebo os

Seus sonhos, afagando os seus cabelos

Molhados, cor de arco-íris, lábios

Também.

O sol age como cúmplice, quando a lua

Esconde-se, entre orações Celtas, quando tento me esconder no cantinho

Dos seus olhos que velam por mim.

Quero ser em você um pensamento, ardente, retocando o seu batom.

Beijo as flores do seu jardim que aporta nos meus pensamentos, quando nessa.

Agora te iluminem as estrelas ascendentes,

Cadentes jamais.

 

Záhrada (“Jardim Ametista”)



Fito os seus olhos no jardim, ametista, talvez,

Lapidada por boas mãos, que expressam

A essência que lhe faz forte, brilhante.

Ao som dos ventos, a luz das estrelas, que não

E nunca será queimada, transformando cores.

Entre ansiedades, busque o Záhrada, aspire às flores

Que sempre estarão presentes, não eternas,

Como ninfa no horizonte das jazidas, onde a Eterna Ametista nasceu,

Lapidada, por um grande guerreiro, bem disseste, nome

Forte, que forjou no seio materno uma ametista guerreira, hoje eterna,

Sonhando como Valquíria, caindo no mar como Topázio, com frenesi.

Ecoe no tempo o grito de guerreira, que não se deixa derrotar, agora você

Renascendo... Sendo você, como você é... Ametista...

Ouvindo a melodia que transforma... Aspire

As rosas do sitio fecundo, onde você semeará o próximo

Lapidar... Bem vinda ao jardim “Ametista.”

segunda-feira, 13 de junho de 2022

 Eu te amo mulher

 


Eu te amo mulher, não precisa

Ser minha namorada, amante

Talvez, esposa depois

Eu te amo mulher, no local onde

Seremos cúmplices, ou carrascos

Que nos mate, menos neste dia.

Eu te amo mulher, na calada da noite,

Entre fronhas, lençóis talvez.

Eu te amo mulher, quando estamos

Desnudos, peitos arfantes, línguas

Sedentas, cravando unhas, entre

Corpos, buscando o sentido de uma

Noite eterna, esperando o romper

Da aurora e dos órgãos calientes

Que nos faz renascer.

Eu te amo mulher...

Entre brumas e paixões que nos

Alicia num novo amanhecer.

Agora eu te amo mulher, bebendo o seu olhar, orando no

Seu ventre que me faz murmurar.

 

Submergir em Fantasias

 

Contigo partirei, talvez entre brumas em

Busca de Camelot, entre danças compassadas,

Seguindo os seus olhos selvagens que contam histórias

De sua alma, entre gritos e sussurros.

Somos passageiros entre versos, reversos às vezes quando

Bebe as nossas inspirações latentes, em sonhos

Pueris e ilusões que nos levam a dançar.

Vamos ver Guinevere, vamos sentar e tomar um café e

Sonhar em degustar um sarapatel a moda da casa, com

Bastante pimenta é claro.

Estamos de frente com as nossas inspirações, eu poeta e

Você escritora, estilos diferenciados, mas consecutivos, entre

Palavras não secundárias, que não nos sufocam até

O inicio da noite até o amanhecer.

O gato nos acompanha de forma manhosa e decidida,

Entre miados que soa engraçado e afagos que não

Faz-nos sentir dor.

Os seus cabelos estão ao comando do vento, e amanhã

É domingo, dia de retornar para as fantasias que brota

Do seu olhar agora de Topázio.

O seu jardim agora está florido, entre Carmélias,Azáleas,

Ah, de Amor perfeito (Viola tricolor) e perfumes de

Gardênias.

Ah, fantasias que nos faz submergir nas distâncias,

Nas inspirações que tentamos escrever, utopias

A parte.

 

Don't cry

 

Don't cry sobre as páginas

Incontidas de letras e sonhos que te absorvem e faz você ler e escrever.

Quando você as Devora, ávida, em

Busca de respostas e menções intermináveis, entre gritos e sussurros

No Clarym da noite ou nas escuridão

Do dia.

Agora a folha de papel está em branco, o lápis

Te aguarda, seus olhos fagulham e a sua têmpora te interroga: Vais escrever?

Don't cry, Sorry em letras que vai nos aprazer como dádivas divinas.

E la Luna va.

 

Haverá, entre os seus olhos

 

Haverá de acontecer entre os seus olhos

Que acena para eu te esperar mais do que te espero, nesses infinitos desejos que nos consomem nas distâncias que

Não nos aproximam.

Mesmo distante sinto o

Pulsar do seu coração transpirando

Sobre o meu, que se encontra ávido de um dia tê-la em meus braços, pois no meu coração você já habita.

Não sei a flor que você aspira entre o outono que finda e o inverno que já

Bate em nossas portas, sem fechaduras

Ou escoras.

Ah, felizmente os nossos corações mesmo distante deixam as portas entre abertas, ouvindo passos e emoções

Incontidas que bailam no aqui e lá.

Quando será!

 

A primeira pedra de Topázio

 

Você atirou a primeira pedra de topázio,

Sobre os meus sentimentos, você feriu dentro do meu coração,

Atirou e depois a encontrou entre inúmeras pedras, sem saber as cores

Topázianas, infrutíferas razões pelo ato que apenas magoou você.

Você criou fogo dentro de ti, buscando respostas que

Não dependiam de mim e nem aos representantes do Altíssimo,

Criador dos elementos, que compõe o Universo: Água, terra, fogo e ar.

Embora na utopia terrestre o quinto seja a união carnal que criam

Anjos, santos e pecadores.

Ah! Pedras, salutares que reúnem imortais e pobres mortais,

Que sonham em noites sombrias, sem humores e felicidades,

Ostentando que não é e nunca serão iluminados.

Semiprecioso são os seus olhos colhendo as pedras

De topázio, sem distinguir as cores, para reconstruir os

Sonhos que você não desfez. Mesmo com as suas errôneas deduções,

Nas cores azul, amarelo, branco, verde, rosa e cinza.

No que se referem aos tons dos seus lábios que hoje eu quero beijar (isso é

bem difícil de acontecer?).

Venha vamos aos solstícios e equinócios, que em breve nos unirá em um

Único Topázio, com as cores que talvez preencham os nossos corações.

 

domingo, 12 de junho de 2022

 

aposesiadodiadosnamorados claudioluz

Namorada



Deposito esta rosa em tuas mãos,

Simbolicamente é o afeto que se encerra

No meu coração que te ama incessantemente,

Desde o raiar do o brilho do sol que te toca como

Se fossem as minhas mãos acariciando o seu corpo dourado,

Antecipando os prateados raios da lua que

Cobrira-te no decair da tarde, iluminando o nosso amar.

Querida, você está sempre à frente ajudando

A iluminar os meus caminhos

E querida, diante dos meus olhos não venha com mais surpresas

Porque é fácil

Fácil amar você!

Você é a luz que eu nunca encontrei

É bem mais brilhante

E é fácil

Fácil te amar e tê-la como minha namorada.

 

Olhando na mesma direção do cupido


 

Quando o sol decantar,

No hoje, dia dos namorados, talvez o mais longos dos dias

Do ano, que nos envolve em sonhos, talvez eternos,

Entre olhares, na imersão, do culto que cultuo por ti.

Neste dia alvissareiro, entre beijos e abraços, presentes, utópicos quando vejo

No hoje que não posso te abraçar, pois no infinito distante do não sei onde está, nos braços de quem será.

Ah,distâncias, ah, falta do brilho dos teus olhos que estão no shopping, entre promoções temporárias e viagens ao Túnel do Tempo, Ilha da Fantasia, em busca do beijo, demasiado gostoso, infante talvez que não é o meu.

Deito-me entre lençóis, aspiro aos perfumes das rosas e incensos, emergindo-me fora dos teus braços que não mais é o seu.

Percorro caminhos, entrego-me a olhares, feito de anjos de luz, que nos impele a uma só pergunta: como é o seu nome, namorada que hoje não tenho.

Beijo-te em utopias, como amante eterno que pulsa fortemente em seu coração que a minha procura estás.

Sinto a tua essência, busco nas multidões o seu ego que não me deixa aproximar-me de ti

Valha-me São Valentino, Day.

Olho agora na mesma direção onde pueril está...

Talvez na sombra de uma arvore, está?

Amor entre crepúsculo


 

Haverá de acontecer, entre

Arrepios, primeiros movimentos, como em uma Sonata Allegro,

Entre os nossos corações, entre o seu cinto de Vênus, cor de rosa.

De repente o crepúsculo chegou entre

Nuvens e o brilho dos seus olhos, como

Dois instrumentos que me hipnotiza neste

Final de tarde ímpar que antecedeu

O seu chegar.

Movimento-me ao seu encontro, haverá

De acontecer, entre sonhos, o seu olhar

Caiu no meu, a sua boca na minha se perdeu,

Entre abraços, beijos e um novo

Dia que vai mais uma vez nos recompor.

O céu ontem estava róseo.

 

Só quero não criar expectativas

 

Só quero você sem imposições,

Dê aquela risada larga que talvez

Caia em minhas mãos hoje,, mas do que procuras por mim.

Amo-te em segredos, tênue talvez,

Você Pantera, antes Águia solitária, hoje refém,

Busco o silêncio, sem ti.

Ouço canções dos ocasos que talvez nos façam seres amantes, no início do inverno.

Ouço uma canção, você vem esplendorosa, quando me abraçará? possuindo-me digo: você é linda, mas que demais,

Expectativa que não devemos sonhar.