terça-feira, 12 de novembro de 2019

Celso de Mello defende liberdade de imprensa ao ser homenageado pela ANJ

Celso de Mello defende liberdade de imprensa ao ser homenageado pela ANJ
RIO - Ao receber no nesta segunda-feira o prêmio ANJ de Liberdade de Imprensa 2019, concedido pela Associação Nacional dos Jornais, o decano do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Celso de Mello, defendeu a liberdade de expressão e repudiou tentativas de interferência do poder público na atuação dos veículos de comunicação. Em vídeo gravado para a cerimônia – o ministro não pode comparecer à solenidade no Rio de Janeiro –, Celso de Mello lembrou que a imprensa livre é um pilar para qualquer democracia

livres sem liberdade de expressão e de imprensa, na exata medida em que esse direito, por traduzir uma prerrogativa inalienável dos cidadãos, não pode sofrer restrições nem limitações de qualquer ordem, especialmente quando impostas pelo Estado e por seus agentes”, declarou o ministro.
Celso de Mello disse também que, no Supremo, sempre buscou proteger a liberdade de expressão e de imprensa. Segundo ele, a possibilidade de criticar o poder público e fazer eventuais denúncias é essencial para a liberdade dos jornalistas. Sua prática, afirmou, “não pode ser comprometida por interdições censórias ou por outros artifícios estatais utilizados para coibi-los”.
Para o decano, o País não pode retroceder nos avanços conquistados pela democracia. “O peso da censura, ninguém o ignora, é algo insuportável e absolutamente intolerável”, afirmou. “Por isso, não podemos – nem devemos – retroceder nesse processo de conquista e de reafirmação das liberdades democráticas.”
Ele afirmou que o País vive “um momento em que vozes autoritárias se insurgem contra a liberdade de expressão” e criticou o governo do presidente Jair Bolsonaro. “Temos que nos insurgir contra tentativas, ensaios autoritários que buscam suprimir essa liberdade natural que deve conviver com sociedades fundadas com bases genuinamente democráticas.”
A homenagem ao decano aconteceu na Conferência Digital Media LATAM, da Associação Mundial de Editores de Notícias (WAN-IFRA, na sigla em inglês). Vice-presidente da ANJ, o presidente do Grupo Estado, Francisco Mesquita Neto, participou da cerimônia, ao lado de Miriam Leitão, colunista de O Globo; Marcelo Rech, presidente da ANJ; e Fernando de Yarza López-Madrazo, presidente da WAN-IFRA. O Prêmio ANJ é concedido anualmente pela Associação Nacional dos Jornais. Celso de Mello foi escolhido por causa das muitas decisões favoráveis às liberdades de imprensa e de opinião que tomou desde seu ingresso no Supremo, em 1989.

Obstáculos à imprensa

Em discurso, Mesquita Neto ressaltou que o jornalismo e a liberdade de imprensa sempre enfrentaram resistência no Brasil. Ele citou a impunidade, que estimula crimes contra jornalistas, e decisões judiciais equivocadas, que favorecem a censura, como obstáculos ao trabalho dos veículos de comunicação.
"A entrega desse prêmio é sempre uma oportunidade para refletirmos sobre a liberdade de imprensa no país. Infelizmente tem sido também um momento em que constatamos as dificuldades e obstáculos com que nos defrontamos", disse Mesquita Neto.
Mesquita Neto lembrou também que o jornal O Estado de S. Paulo foi vítima de censura durante o Estado Novo, nos anos 1940 do século passado, e a ditadura militar, nos anos 1970. Então diretor do Estado, Júlio de Mesquita Filho foi preso pelo governo de Getúlio Vargas e teve que partir para o exílio em dois momentos do regime. O jornal ficou sob intervenção da ditadura getulista por cinco anos e meio, entre 1940 e 1945.
A ANJ listou, entre os casos que justificam a concessão do prêmio a Celso de Mello, a posição do ministro contrária ao episódio protagonizado pelo prefeito do Rio, Marcelo Crivella (Republicanos), na última Bienal do Livro, no início de setembro. Crivella mandou recolher revistas em quadrinhos que mostravam um beijo entre dois personagens masculinos. Na ocasião, o ministro repudiou a atitude do prefeito do Rio e afirmou que a censura aos livros era um “fato gravíssimo”.
Mello também é conhecido por criar uma jurisprudência consolidada em relação à liberdade de imprensa. O ministro assumiu sua cadeira na Corte um ano após a promulgação da Constituição de 1988.
Além da homenagem, a Conferência da WAN-IFRA - que continua nesta terça, 12, no hotel Grand Hyatt, na Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio, conta com uma série de debates sobre novos modelos de negócio e formas de se fazer jornalismo. Uma das mesas de ontem teve a participação da diretora digital do Estado, Luciana Cardoso, que discutiu o tema “Construindo um Futuro Digital: como os grandes veículos do Brasil estão se preparando para 2020”.
Já hoje, Luciana também participará da mesa “Empoderando os veículos de comunicação para prosperarem na era digital”. O Estado iniciou em agosto de 2019 seu novo projeto de transformação digital, focado no jornalismo multiplataforma.
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domingo, 10 de novembro de 2019


Meu coração faz greve por você



Meu coração faz greve por você, Estamos Completamente Sós,


Lá fora a chuva começa embora o céu não diga que ela

Vai demorar sempre mais, sempre mais.

Fecho os seus olhos para que você sonhe

Sob as ondas, através das penumbras da noite eterna

Há muito tempo esquecidas agora estamos completamente sós,

Acalme a luz e não aprenda a fingir nas noites que se deita comigo

E tudo ficará bem.

Assim que minha greve será contada,

Apenas quando eu dobrar a esquina ouvindo “As Rosas não

Falam” do eterno Cartola, as rosas não falam mais envelhecem

Depois de não mais exalar o seu perfume peculiar

Suplico abrace-me, querida, me abrace querida

Feche os olhos apague a luz estamos completamente sós

Oh, estamos completamente sós

Feche a janela, acalme a luz e tudo ficará bem



Não deva isso às estrelas, lace as sementes do seu amor



Para que o meu coração não faça greve por você.

Lance o seu grito aos quatros ventos, também para as

Quatros estações que envolverão o equinócio e os solstícios das

Nossas vidas, em pleno verão que esta prá chegar.

Venha à greve acabou, acomode-se no meu peito e sinta o

Meu coração, que não está em greve por você.

Cláudio Luz




apoesiadeclaudioluz


Entre muros

Os muros já não nos separam, mas entre acordes

Oh, minha senhora fico contente por poder te abraçar

Entre sentimentos e graças que só eu posso dar para ti.

Bebendo as estrelas, te banhando com os raios do

Astro sol, sentindo a brisa que vem dos teus lábios, com

Gosto de hortelãs e framboesas que nos embriaga

De formas simultâneas, sonhos emergentes quando inalamos

Em plenos jardins, pulando na calçada que não são

De tijolos amarelos como em OZ, quisera os degraus

Da igreja matriz, onde juraríamos entre altares, eternos amores,

Após observar os muros que caíram, quando os dias sombrios ficaram

Para trás (principalmente com o início do próximo verão, domingo 22 de

Dezembro)   para que  possamos amar um ao outro, aproveitando as

Temperaturas amenas e ao ar Livre pularmos sobre os escombros

Que não existiram dos nossos corpos

Agora livres para ir e vir.



Cláudio Luz


Que será de ti



Vem, envolve-me, embriaga-me nesta sexta feira,

Quando a poesia me envolve nas mesas dos bares,

Sem deixar a minha vida prá depois.
Que será de ti quando os meus sonhos invadir

O seu olhar e a minha alma abstemia começarem

A me consumir entre as pedras do Muro de Berlim

Decaído a trinta anos, construindo sonhos e um grande amor

Que eu tenho por você.
Que será de ti nas distâncias, e-mails que não chegam

E Zap's que não exprime a espera que sinto,

Quando você não responde, quando eu lhe pergunto:

Como vai você.



Cláudio Luz

                  

 Os seus beijos onde estão



Os seus beijos molhados não estão aqui,

Pois encontro-me perdido entre labirintos, aonde não

Os encontros, nem no fundo dos meus lábios

Que ainda são seus.
Os seus beijos já não me faz dormir mesmo querendo te amar,

Fazendo-te feliz, o tudo que espero de ti,

Gostando e adorando amar você.
Os seus beijos é mais do que paixão,

Amor que não me sucumbe, entre entregas,

Quando não domino mais o meu coração,

Que não acalma as minhas paixões, quando você faz demais os nossos prazeres, abraços, quando não sei onde os seus lábios estão.



Cláudio Luz



Amor que inflama



Desejos secretos que me inflama, quando você me ganha

E cuida de mim.
Amor inflamado, não da boca pra fora,

Quando não estás perto de mim.
Amor que me inflama entre sonhos estrelares,

Firmamento que voa cantando em alto

E bom som dentro de mim.
Amor que combina quando me inflama entre brincadeiras,

Matemáticas, equações que me domina,

 Entre as madrugadas que penso, entre calores,

Alegrias e jeito de ligar pra te dizer trás de novo

O seu amor que inflamado no meu peito está. 
Amor que me inflama, agora quando apago as estrelas

E acendo o sol que me aquecerá enquanto o seu corpo

Não se inflama no meu.



Claudio Luz