Agora os leitores da Playboy poderão dizer com sinceridade que compram a
revista apenas por causa dos artigos. A revista masculina deixará de publicar
fotos de mulheres nuas, informou o New York Times na segunda-feira (12), em uma
reportagem que tem como fonte o presidente-executivo da empresa, Scott
Flanders. O fundador e editor-chefe Hugh Hefner, de 89 anos, que encarnou o
estilo de vida da Playboy em seu pijama de seda, concordou no mês passado com
uma sugestão do principal editor, Cory Jones, de parar de publicar imagens de
mulheres nuas, disse o Times. Em uma época em que todo adolescente tem um
telefone conectado à Internet e a web está repleta de pornografia, a revista
optou por continuar apresentando as mulheres em poses apenas provocantes, e não
completamente nuas, disse o Times. Segundo o Times, a revista, que contou com Marilyn
Monroe em sua capa de estreia, em 1953, está fazendo as mudanças após a
circulação cair de 5,6 milhões de exemplares em 1975 para cerca de 800 mil
agora. Após seu sucesso inicial, a Playboy foi atacada pela direita por causa
da nudez e pela esquerda por feministas que a acusavam de reduzir as mulheres a
objetos sexuais. Algumas mudanças ainda estão em debate, incluindo a manutenção
ou não de uma foto de mulher em página dupla central. A colunista de sexo da
revista Playboy será uma mulher, que escreve com entusiasmo sobre sexo, disse
Jones ao Times. A revista sempre teve apelo intelectual e contou com grandes
escritores. Entrevistas em profundidade com figuras históricas, como Fidel
Castro, Martin Luther King Jr., Malcolm X e John Lennon também eram uma
característica regular. (Reuters)
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