segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Belle de Jour

Belle de Jour


Olhar de Tigresa
Insinuando que não me quer mais,
No inicio da manhã, no fim de tarde, prenuncio da noite.
Apela na distância, em versos poéticos,
Sussurrando, vem, abraça-me até sufocar.
Olhar de estrela
Brilhando no firmamento cósmico,
Confessa ainda querer mais e mais, apesar da distância que o tempo faz, as
Lembranças afloram como flores primaveris.
Olhar no horizonte
Recorda o passado sempre presente,
Lembrando dos momentos furtivos, dos beijos roubados,
Das juras secretas e das inspirações poéticas
Duelávamos entre versos e reversos; eterna  inocência,
E um dia partiu, sem despedidas, não mais se viu...
Só a poesia resistiu no tempo, no espaço, e hoje e sempre será...
Olhar de saudade
Observa o leito vazio, sinto teu cheiro, teu toque sutil; mãos de menina Moça, se fazendo mulher...
Envolve-se nos lençóis, desalinho teus cabelos e naturalmente...
Entrega-me... É mais um devaneio!
Jamais, é o meu sonho que se repete a cada dia...
Perco-me, me desfaço e logo me refaço...
Eis que no futuro um dia tu vens...
Recorda as lembranças, acaricia as lágrimas, afaga-me nos meus íntimos desejos...
Outrora solidão que me acompanhava e que alimenta o seu ser em mim.
Olhar de gata selvagem... Devora-me...
Volta, e no apelo... Não se vá... Volta vem pra mim...
Vamos de mãos dadas correr como crianças...
Rir da vida sem pensar em despedida...
Vamos fingir que jamais existiu distancia...
Que um dia ousou nos separar.
Vem...
Olhar no meu olhar...
Entregar-se aos abraços...
Beijos calientes,
Coração com coração...
Celebrar o momento sublime, sentindo a brisa,
No compasso do mar, mergulhar...
Tendo como testemunha o luar.


Cláudio da Luz e Águia Dourada

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