quarta-feira, 10 de julho de 2013

A massa manobrada escolheu Barrabás. Infelizmente.
Nos últimos dias, eu quase pude ouvir a voz de minha mãe, em meus tempos de infância. Quando eu fazia alguma traquinagem, inventava uma desculpa esfarrapada e minha mãe olhando nos meus olhos, sabendo de toda a verdade, me dizia: - Você acha que sou lesa?

Pois é, eu quase pude ouvir minha mãe dizendo isso à presidenta Dilma quando ela anunciou ao Brasil a realização de um plebiscito como forma de responder à onda de protestos que vivia o Brasil. O governo PT tenta fazer dos limões que a voz das ruas lhe atirou, uma limonada para ser servida nos gabinetes dos camaradas.

Senhores, um plebiscito nesse momento é algo tão ou mais perigoso que uma metralhadora destravada, na verdade, muito do que temos de admirável e valoroso na democracia hoje, deixou sua beleza na Grécia ou Roma antiga. O discurso de legitimação popular, de decisão pelo povo é muito bonito, plebiscito, decreto da plebe, decisão do povo... Mas não podemos esquecer-nos do exemplo que a história nos deixou sobre os plebiscitos. Vou tecer aqui uma pequena lista dos políticos que usaram deste instrumento nos últimos tempos. Nesta lista encontramos Salazar, Adolph Hitler, e mais recentemente Hugo Chávez e sua pseudo Revolução Bolivariana, o que todos estes tem em comum? Foram ditadores.

Nosso país foi descoberto há 513 anos, declarou sua independência há 191, tornou-se uma república há 124 anos. A constituição vigente hoje em nosso país tem meros 25 anos. É jovem ainda, e mesmo jovem já sobreviveu a algumas provas. Ainda criança, esta constituição sobreviveu a um processo de impeachment de um presidente democraticamente eleito, depois disso, somente dois presidentes começaram e terminaram seus mandatos. Dilma é a somente a quarta pessoa eleita para governar o Brasil desde 88. 

Preocupa-me profundamente, que num país que experimenta um processo politico que vem dando certo, surja uma proposta como essa. Não caiam nesse golpe. Quem vai preparar o plebiscito é o congresso nacional. Eles e quem decidirão quais perguntas serão feitas, como essas perguntas serão feitas. O PT possui maioria no congresso nacional pra aprovar o que quiser, tanto que se não fossem as mobilizações, teria aprovado a PEC 37. Um plebiscito nesse momento é sim um cheque em branco. Muitas vezes, o problema não é o que se faz, mas como se faz, é a aí que mora o perigo. O rolo compressor petista vai apresentar no plebiscito, perguntas generalistas, perguntas às quais todos teríamos respostas semelhantes, as perguntas não são o problema, o problema é o fim que o congresso subserviente e o governo compromissado somente com o poder, escolherão pra executar. 

Nós vamos concordar que precisamos comer bolo. Mas a receita vai continuar a cargo do PT, e isso é pior ainda do que o que temos hoje. Lula também sonhou fazer um plebiscito. Lembram-se do lobby pelo terceiro mandato? Propostas chegaram inclusive a tramitar no congresso, nesse sentido. Caso Lula tivesse conseguido um plebiscito para que o povo decidisse sobre um terceiro mandato, Lula teria um terceiro mandato. Digo mais, se Lula realizasse um plebiscito pra que continuasse presidente por sucessivos mandatos, como fez Hugo Chávez, como caminha Evo Morales, como fez Hitler, ele com certeza aprovaria essa proposta no plebiscito. E isso seria um tiro de morte na nossa constituição. 

Qualquer um que pretenda ocupar o poder indefinidamente é de um perigo incomensurável pra uma nação. O PT se aproveita da ainda popularidade de Lula, que nesse período, de forma covarde, “comeu abiu” como poucas vezes se viu um homem público fazer. Se o Brasil tiver esse plebiscito, aí Lula vai sair de seu castelo para pedir votos para o cheque em branco petista. O que vou dizer é muito triste, mas é fato. Se nosso povo tivesse um nível educacional adequado para avaliar e decidir questões dessa relevância, não precisaríamos de um congresso tão inchado. 

Infelizmente ainda engatinhamos nesta questão educacional. Ainda não conseguimos zerar o analfabetismo, e queremos que analfabetos discutam reforma política. Em 2010, 50,2% dos brasileiros, ou não tinha escolaridade nenhuma ou tinha o ensino fundamental incompleto. Estes brasileiros precisam de respostas do poder, não é o poder quem precisa de suas respostas. O governo federal precisa primeiro garantir a eles educação de qualidade pra que eles por fim, tenham condições de decidir seu destino, não de serem partícipes inocentes de mais um pacto de mediocridade. Com esse plebiscito, o povo vai fingir que decidiu, o governo fingir que obedeceu, e a partir daí o Brasil vai passar a fingir que ainda vive numa democracia. 

"E Pôncio Pilatos perguntou à multidão:
- Qual desse dois quereis vós?
E o povo respondeu:
- Barrabás, o ladrão".
(Matheus 27:21)
Do facebook
A massa manobrada escolheu Barrabás. Infelizmente.
Nos últimos dias, eu quase pude ouvir a voz de minha mãe, em meus tempos de infância. Quando eu fazia alguma traquinagem, inventava uma desculpa esfarrapada e minha mãe olhando nos meus olhos, sabendo de toda a verdade, me dizia: - Você acha que sou lesa?

Pois é, eu quase pude ouvir minha mãe dizendo isso à presidenta Dilma quando ela anunciou ao Brasil a realização de um plebiscito como forma de responder à onda de protestos que vivia o Brasil. O governo PT tenta fazer dos limões que a voz das ruas lhe atirou, uma limonada para ser servida nos gabinetes dos camaradas.

Senhores, um plebiscito nesse momento é algo tão ou mais perigoso que uma metralhadora destravada, na verdade, muito do que temos de admirável e valoroso na democracia hoje, deixou sua beleza na Grécia ou Roma antiga. O discurso de legitimação popular, de decisão pelo povo é muito bonito, plebiscito, decreto da plebe, decisão do povo... Mas não podemos esquecer-nos do exemplo que a história nos deixou sobre os plebiscitos. Vou tecer aqui uma pequena lista dos políticos que usaram deste instrumento nos últimos tempos. Nesta lista encontramos Salazar, Adolph Hitler, e mais recentemente Hugo Chávez e sua pseudo Revolução Bolivariana, o que todos estes tem em comum? Foram ditadores.

Nosso país foi descoberto há 513 anos, declarou sua independência há 191, tornou-se uma república há 124 anos. A constituição vigente hoje em nosso país tem meros 25 anos. É jovem ainda, e mesmo jovem já sobreviveu a algumas provas. Ainda criança, esta constituição sobreviveu a um processo de impeachment de um presidente democraticamente eleito, depois disso, somente dois presidentes começaram e terminaram seus mandatos. Dilma é a somente a quarta pessoa eleita para governar o Brasil desde 88.

Preocupa-me profundamente, que num país que experimenta um processo politico que vem dando certo, surja uma proposta como essa. Não caiam nesse golpe. Quem vai preparar o plebiscito é o congresso nacional. Eles e quem decidirão quais perguntas serão feitas, como essas perguntas serão feitas. O PT possui maioria no congresso nacional pra aprovar o que quiser, tanto que se não fossem as mobilizações, teria aprovado a PEC 37. Um plebiscito nesse momento é sim um cheque em branco. Muitas vezes, o problema não é o que se faz, mas como se faz, é a aí que mora o perigo. O rolo compressor petista vai apresentar no plebiscito, perguntas generalistas, perguntas às quais todos teríamos respostas semelhantes, as perguntas não são o problema, o problema é o fim que o congresso subserviente e o governo compromissado somente com o poder, escolherão pra executar.

Nós vamos concordar que precisamos comer bolo. Mas a receita vai continuar a cargo do PT, e isso é pior ainda do que o que temos hoje. Lula também sonhou fazer um plebiscito. Lembram-se do lobby pelo terceiro mandato? Propostas chegaram inclusive a tramitar no congresso, nesse sentido. Caso Lula tivesse conseguido um plebiscito para que o povo decidisse sobre um terceiro mandato, Lula teria um terceiro mandato. Digo mais, se Lula realizasse um plebiscito pra que continuasse presidente por sucessivos mandatos, como fez Hugo Chávez, como caminha Evo Morales, como fez Hitler, ele com certeza aprovaria essa proposta no plebiscito. E isso seria um tiro de morte na nossa constituição.

Qualquer um que pretenda ocupar o poder indefinidamente é de um perigo incomensurável pra uma nação. O PT se aproveita da ainda popularidade de Lula, que nesse período, de forma covarde, “comeu abiu” como poucas vezes se viu um homem público fazer. Se o Brasil tiver esse plebiscito, aí Lula vai sair de seu castelo para pedir votos para o cheque em branco petista. O que vou dizer é muito triste, mas é fato. Se nosso povo tivesse um nível educacional adequado para avaliar e decidir questões dessa relevância, não precisaríamos de um congresso tão inchado.

Infelizmente ainda engatinhamos nesta questão educacional. Ainda não conseguimos zerar o analfabetismo, e queremos que analfabetos discutam reforma política. Em 2010, 50,2% dos brasileiros, ou não tinha escolaridade nenhuma ou tinha o ensino fundamental incompleto. Estes brasileiros precisam de respostas do poder, não é o poder quem precisa de suas respostas. O governo federal precisa primeiro garantir a eles educação de qualidade pra que eles por fim, tenham condições de decidir seu destino, não de serem partícipes inocentes de mais um pacto de mediocridade. Com esse plebiscito, o povo vai fingir que decidiu, o governo fingir que obedeceu, e a partir daí o Brasil vai passar a fingir que ainda vive numa democracia.

"E Pôncio Pilatos perguntou à multidão:
- Qual desse dois quereis vós?
E o povo respondeu:
- Barrabás, o ladrão".
(Matheus 27:21)

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