Sou um rio que flui para você
Sou um rio que flui para você.
Preserva-me e eu te purificarei, cortarei
Curvas para chegar até você.
Às vezes serei caudaloso, te levarei
Perigos e desencontros, mas continuarei
No meu curso natural em busca de ti.
Terei cachoeiras que te banhará, tanto
O seu corpo e alma serão purificados
Estrelas candentes cairão dos altos céus, faremos
pedidos
Recônditos que ficará entre nós dois.
Tenho pedras submersas em meu leito, externamente
Úmidas de amores e por dentro estéreis sem marcas
De amor nenhum.
Você flui para mim, eu te banharei e te acolherei
Nas minhas correntezas fazendo você sonhar, entre
Espelhos d’água e borbulhas do meu amor que é todo
Seu.
Vem fluir em mim agora, neste mar que te bronzeia
Para os meus olhos te admirar e o meu coração te
amar
Para sempre.
Bela Itajuípe (Pirangi)
Por toda a minha vida
Um dia terei que deixá-la
Simplesmente como numa canção velha e doce
Que se esvairá nas correntes do Almada
Fonte de todas as es(hi)stórias, narradas em versos
e prosas pelos nossos discípulos maiores.
Mostrando as suas (in)glórias vividas pelos seus
filhos entre séculos e séculos amém.
No alto da colina o Templo Sagrado dedicado ao
Sagrado Coração de Jesus, contemplará a reinante paz, estendida em mantos
abençoados, como fagulhas, clareando a paz infinita, que reinará no ainda solo
fértil, que por gerações em busca de fé alimentará.
Não direi adeus Itajuípe (Pirangi). Talvez um até
breve,
Talvez entoadas numa canção, para você ouvir
Tão doce e clara como a luz da lua através dos
cacaueiros antes gloriosos.
Outros braços se estenderão para o seu horizonte
eterno
Outros olhos sorrirão pacíficos como sonhos de
verão como
As estradas que me levaram de volta para você.
Eu disse Itajuípe (Pirangi),
Raios de paz eu encontrei
Mesmo numa canção velha e doce que
Manterá você viva na minha mente e depois da
partida.
Quantos braços se estenderão para você?
Outros olhos sorrirão ternamente,
Mas, ainda em pacíficos sonhos, eu verei
A estrada que me levará de volta para você.
Itajuípe
(Pirangi)
Sem paz, com paz eu a encontrarei.
Apenas esta nova geração doce
Que manterá você viva na minha mente, quando além
do horizonte.
Eu disser apenas uma geração nova e doce
Manterá você Itajuípe (Pirangi) viva na minha
mente.
Ciao, Cio
Eternamente te amo entre cio e Ciao,
não sei se quero morrer contigo quando te possuo
e te digo adeus.
Quando te vejo talvez, em momentos incertos,
Quando você vai e vem, sem eu te possuir,
E você me acumula entre o lagos daqui ou sobre
As águas do Abaeté ou outro lagos que os meus olhos
Não delimitam o meu sonhar.
Se passos perdidos não nos fazem encontros,
Entre lugares, entre rimas que diz Adeus, sem
abraços
E procriação que quer o meu coração, acalmando os
nossos corpos,
Que não ocupa os mesmos espaços, sem medo
caminharemos,
Sem lenço ou documentos, ante a aurora, entre os
cais que
Circundam o Rio Almada e o Rio que banha onde
moras.
Queira como te quero, num amor nascente, entre cio
e ciao.
Querida, pois, sabemos que não inventamos o amor,
Por acaso também o nascimento do dia ou o
entardecer,
Quando a natureza dirá: talvez você ou eu, ou
ninguém.
Que não chegue o Ciao e que não vá o Cio.
Vem
Vem,
Mergulha nos meus versos,
Embriague-se com a seiva que brota
Do meu coração em êxtase, esperando os seus
abraços.
Busca-me em teu corpo ardente e verás
Que eu sempre vou estar por perto.
E para sempre você estará em meu coração,
Se eu pensei que nosso amor tinha terminado,
Desilusões perdidas eu encontrei.
Como poderia haver tanto amor dentro de você?
Eu não queria ir sem você.
Pois hoje permaneço com suas lembranças
E com o doce cheiro do seu perfume
Que me faz levitar e sonhar...
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