quinta-feira, 1 de maio de 2025

OS PAULISTAS QUE FIZERAM HISTÓRIA NO FLUMINENSE - POR. WALMIR ROSÁRIO

 

OS PAULISTAS QUE FIZERAM HISTÓRIA NO FLUMINENSE

Tasso Castro trabalha no quinto livro sobre o Fluminense

Por Walmir Rosário*

O escritor e torcedor do Fluminense das Laranjeiras, Tasso Castro, está finalizando um novo projeto para presentear os tricolores de Itabuna e todo o Sul da Bahia. E o novo livro tem como título – ainda provisório – “Paulistas no Flu: glórias e troféus”, em que mostrará a passagem dos jogadores e técnicos que nasceram em São Paulo e fizeram sucesso no tricolor carioca.

O trabalho, resultado de uma pesquisa de fôlego, demonstra que desde 1935 os paulistas são figurinhas carimbadas na trajetória do Fluminense, afastando qualquer rivalidade entre os jogadores dos estados do Rio de Janeiro e São Paulo. Nesse ano, a diretoria tricolor, de uma só vez, motivou um feito inédito ao contratar a base da Seleção Paulista.

E não se tratava de um elenco qualquer, e sim dos jogadores paulistas que conquistaram o Bicampeonato Brasileiro de Seleções nos anos de 1933 e 1934, atitude ímpar no futebol brasileiro daquela época. E os resultados alcançados pelo tricolor carioca foram à altura das contratações, no mesmo nível de qualquer seleção da América do Sul.

E os impactos positivos começaram a aparecer a partir de 1936, quando iniciou a conquista do tricampeonato, completado nos anos de 1937 e 1938, com muito sucesso. Embora tenha deixado escapar o tetracampeonato em 1939, o Fluminense não se abateu e voltou com supremacia, vencendo os campeonatos de 1940 e 1941, se sagrando bicampeão.

E os cartolas do tricolor das Laranjeiras voltaram a esquentar as turbinas e nos anos 1950, passaram a recrutar novos jogadores no mercado paulista, contratando os craques Marinho, Clóvis e Maurinho. O esquema voltou a funcionar e o Fluminense colecionou títulos no mundial, no Campeonato Carioca e nos disputados torneios Rio-São Paulo.

Muitos ainda se lembram de jogadores famosos e produtivos contratados nos anos 1960, a exemplo de Samarone, Cláudio, Félix (goleiro tricampeão na copa de 1970), Galhardo e Marco Antônio. Já nos anos 1970, a “importação” dos paulistas para o Flu das Laranjeiras continuaram com Didi, Ivair, Manfrini e Rivelino, contratações que mexeram com o futebol brasileiro.

E como tudo que dá certo é repetido, o Fluminense continuou se abastecendo no mercado paulista, o que não era nenhuma novidade. Nos anos 1980 vieram Assis e Vica. Nos anos 2000 chegaram Fernando Henrique, Ricardo Berna, Gabriel, Juan, Leandro, Tuta e Gum. Nos anos 2010, Rodriguinho e Deco, e nos ano 2012, Diego Cavalieri.

E a contabilidade dos troféus na sede das Laranjeiras é altamente positiva na coluna dos lucros. Dos anos 1960 a 2012, o Flu foi campeão Carioca (1969, 1971, 1973, 1975, 1976, 1983, 1984, 1985, 2005 e 2012) e campeão Brasileiro (1970,1984, 2010 e 2012) mantendo no elenco alguns jogadores ou técnicos oriundos de São Paulo, a exemplo de Tim, o estrategista, o único paulista campeão como jogador e treinador; Mário Travaglini em 1976; e Muricy em 2010.

Assim que for publicado, “Paulistas no Flu: glórias e troféus”, Tasso Castro completará cinco publicações sobre o Fluminense do Rio de Janeiro, além de uma que abrange o Fluminense de Itabuna. Uma marca registrada nos livros de Tasso é que não somente ele relata e opina sobre o tricolor carioca, mas torcedores de todo o Sul da Bahia.

E nesse novo livro não será diferente dos três últimos, em que vários torcedores escrevem um texto e expõem uma foto com a camisa tricolor. E pelo projeto, a prioridade dos textos se destina a escolher qual o jogador ou técnico paulista que ficou na memória?  Entre eles (jogadores) Félix, Galhardo, Marco Antônio, Samarone,  Manfrini, Rivellino, Assis, Diego Cavalieri ou Deco; e os técnicos Tim, Mário Travaglini ou Muricy Ramalho.

Os livros escritos por Tasso Castro são bastante ricos em informações, sempre obtidas nas fontes principais, documentadas com fotografias e reproduções dos jornais da época. Outros textos obedecem estritamente à lembrança dos torcedores, com o que ouviram e viram nas transmissões esportivas do rádio e TV, além das imagens de jogos assistidos nos estádios, guardadas na memória.

Vale a pena aguardar.


*Radialista, jornalista e advogado

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