Barão de Itararé: Quem foi Barão, nunca perde a majestade
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Neste
vídeo, vamos explorar a vida e o legado de um dos maiores nomes do humor
político brasileiro: o Barão de Itararé.
Conhecido
por seu estilo irreverente e crítico, o Barão deixou sua marca na história do
país, utilizando o humor
como uma arma para questionar o poder e expor as contradições da sociedade.
Um dos
precursores da imprensa alternativa no Brasil, o Barão, criou, em 1926, o
jornal humorístico A Manha (inspirado em A Manhã onde
trabalhou), com o slogan “Quem não chora, não mama”. Em 1949, lança o Almanhaque,
anárquico almanaque em que ele revela já na primeira edição que a vida pública
do editor “é a continuidade da privada”.
Frasista dos
melhores, algumas pérolas do Barão:
“De onde menos se espera,
daí é que não sai nada.”
“Quem inventou o trabalho
não tinha o que fazer.”
“Os vivos são sempre e
cada vez mais governados pelos mais vivos.”
“Banco é uma instituição
que empresta dinheiro se a gente apresentar provas suficientes de que não
precisa de dinheiro.”
Ferrenho
opositor de Getúlio Vargas (chegou a apoiá-lo no início), Barão conheceu o
presidente ainda jovem na época do colégio e chegou a dividir a mesma
pensão com o irmão de Getúlio, Benjamin, em Porto Alegre.
Barão aos 20 e alguns anos (fonte: Istoé)
Cansado de ser
perseguido, colocou na porta de seu escritório uma placa com a hoje famosa
frase ”Entre sem bater”. No ano passado, a história inspirou o título do
livro Entre sem Bater: a Vida de Apparício Torelly, o Barão de Itararé”
(Casa da Palavra), do jornalista Cláudio Figueiredo.
“Menos água no leite”
Barão foi
eleito vereador da capital federal Rio de Janeiro em 1947 com o lema “Mais
leite! Mais água! Mas menos água no leite!”. Apesar de sua origem
aristocrática, ele submeteu-se ao escrutínio popular e recebeu 3.669 votos
da plebe.
Rebelde por
natureza, o Barão tornou-se o primeiro exemplar de sangue azul
comunista. Ele foi o oitavo vereador mais votado do PCB (Partido Comunista
do Brasil), que ocupou 18 das 50 vagas existentes. Em janeiro de 1948, os
vereadores do partidão foram cassados. Barão não esmoreceu e tascou como
manchete da Manha: “Um dia é da caça… os outros da cassação”.
Seu espírito
crítico inspirou a criação do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de
Itararé, que luta pela democratização da comunicação visando
conquistar maior pluralidade e diversidade informativa e cultural no país”,
segundo o site da instituição.
Fontes: livro Máximas
e mínimas do Barão de Itararé, editora Record.
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