quarta-feira, 23 de novembro de 2022

Mundo Músical mais uma vez de Luto Morrem os cantores e compositores Erasmo Carlos e o cubano Pablo Milanés

Mundo Músical mais uma vez de Luto Morrem os cantores e compositores Erasmo Carlos e  o cubano Pablo Milanés






Erasmo Carlos morreu ontem (22/11). O cantor e compositor havia sido internado ontem de manhã no Hospital Barra D’or, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, às pressas.

Erasmo Carlos tinha 81 anos e tratava, há alguns meses, uma síndrome edemigênica, que ocorre quando há um desequilíbrio bioquímico, dificultando a manutenção dos líquidos dentro dos vasos sanguíneos. Geralmente, esse enfermidade é causada por doenças cardíacas, renais ou dos próprios vasos.

Nascido na Tijuca, Zona Norte do Rio de Janeiro, Erasmo Carlos cresceu cercado de elementos que, mais tarde, tornaram a sua identidade musical singular. 

Ainda adolescente, destacou sua personalidade no meio de de fãs do rock’n’roll e da bossa nova, que se reuniam no famoso Bar Divino, localizado na Rua do Matoso.

Ao longo da matéria, você verá quem é o cantor Erasmo Carlos, um pouco da sua carreira na música brasileira, algumas curiosidades sobre o artista e algumas de suas principais composições que não podem faltar na sua playlist. Continue a leitura!

Quem é Erasmo Carlos?

Erasmo Esteves era cantor, ator, compositor, músico, multi-instrumentista e escritor brasileiro. Você deve estar se perguntando quantos anos tinha Erasmo Carlos, pois bem, a idade de Erasmo Carlos é 81 anos.

Erasmo foi um dos maiores pioneiros do rock brasileiro e, durante os anos 60, fez parceria com o cantor e compositor Roberto Carlos, compondo várias músicas juntos, gravadas em seus discos de carreira solo.

A carreira de Erasmo Carlos na música brasileira

Junto com Roberto Carlos e Wanderléa, esteve efetivamente envolvido no projeto Jovem Guarda, onde foi apelidado de Tremendão, imitando a roupa e o estilo de seu ídolo, Elvis Presley.

O disco Erasmo Carlos e Os Tremendões já é um trabalho breve na carreira do artista. De 1969, este LP é uma interpretação muito original das canções do compositor da MPB.

Na década de 1970, Erasmo assinou com a Polygram. Os primeiros cinco anos da década apresentaram o Tremendão em um estilo bem diferente da Jovem Guarda. Influenciado pela cultura hippie, lançou Carlos, Erasmo, em 1971.

O disco abre com De Noite na Cama, que Caetano Veloso compôs especialmente para ele, e a polêmica Maria Joana.

O existencialismo continuou em seus outros LPs na década de 1970. No ano seguinte, em 1971, o cantor participou do filme Roberto Carlos a 300 Quilômetros por Hora, de Roberto Farias.

Anos 80 e 90

Erasmo iniciou os anos 80 com um projeto ambicioso. O cantor convidou um projeto pioneiro no Brasil. São 12 músicas com algumas artistas como Nara Leão, Maria Bethânia, Gal Costa, Wanderléa e muito mais.

A faixa de abertura do álbum é uma das mais comentadas nas rádios: Sentado à Beira do Caminho, com a participação de Roberto Carlos.

No ano seguinte, o LP Mulher causou grande repercussão. O sucesso da mídia, com a continuação de Amar Pra Viver ou Morrer de Amor (1982), exigiu de Erasmo Carlos e seu sócio Roberto Carlos (no auge de seu sucesso) que ele deveria publicar de vez em quando um novo trabalho.

No ano de 1989, produziu o disco ao vivo Sou uma Criança, com a participação de Léo Jaime e a banda Kid Abelha e João Penca e Seus Miquinhos Amestrados, e lançado pelo selo SBK.

Na década de 1990, o trabalho de Erasmo Carlos apareceu na música Leap Year. Além de sempre contratar Roberto Carlos para sua música de álbum do ano, ele já lançou dois álbuns. Homem de Rua, lançado pela Sony Music em 1992 e outro grande disco é A Carta, em que Erasmo canta com Renato Russo.

Já em 1995, voltou a participar das comemorações dos 30 anos da Jovem Guarda com discos e shows. No ano seguinte, Erasmo Carlos gravou o disco É Preciso Saber Viver e regravou músicas de seu repertório. O destaque foi o dueto Do Fundo do Meu Coração com Adriana Calcanhotto.

Anos 2000

Em 2001, Erasmo lançou um novo álbum, que contou com um dueto com Marisa Monte, composto por eles e Carlinhos Brown. No ano seguinte, ele lançou seu primeiro DVD ao vivo, bem como um CD duplo.

No início de 2004, lançou a sua obra mais original: Santa Música, com 12 canções escritas apenas por Erasmo Carlos. Além da faixa-título, destaca-se a música Tim feita em homenagem a Tim Maia

Conheça as composições do cantor Erasmo Carlos

Depois de conhecer a carreira pela música brasileira e as curiosidades sobre o cantor Erasmo Carlos, conheça as músicas do compositor que não podem faltar na sua playlist:

1.     Mulher (Sexo Frágil);

2.    Gatinha Manhosa;

3.    Pega Na Mentira;

4.    Mesmo Que Seja Eu;

5.    Gente Aberta;

6.    Vem Quente Que Eu Estou Fervendo;

7.    Sementes do Amanhã;

8.    A Carta;

9.    Do Fundo do Meu Coração;

10. Minha Fama De Mau;

11.  Festa de Arromba;

12. Mais Um na Multidão (part. Marisa Monte);

13. Convite Para Nascer de Novo;

14. Filho Único;

15. Minha Superstar;

16. Coqueiro Verde;

17. Sou Uma Criança, Não Entendo Nada;

18. Panorama Ecológico;

19. É Preciso Dar Um Jeito Meu Amigo;

20.Cachaça Mecânica


Pablo Milanés morre aos 79 anos

 

Milanés estava internado em um hospital de Madri desde 12 de novembro, por 'infecções recorrentes', segundo sua assessoria. O lendário cantor e compositor cubano Pablo Milanés, um dos fundadores e expoentes mais destacados da Nueva Trova cubana, morreu aos 79 anos na madrugada desta terça-feira (22) - horário no Brasil - , em Madri, na Espanha, onde vivia.

Milanés estava internado em um hospital de Madri desde 12 de novembro, por "infecções recorrentes", segundo sua assessoria.

O cantor tinha um estado de saúde frágil e sofria, entre outras doenças, de um problema renal - recebeu um transplante de rim em 2014.

 

Vida e Obra

 

Pablo Milanés Começou a cantar em estações de rádio ainda quando era criança. Com seis anos passou a morar em Havana, onde continuou sua formação musical. No início da década de 1960, começou a compor a partir de múltiplas influências, tais como: a música tradicional cubana, a música norte-americana (principalmente o jazz) e a música brasileira. Participou de várias formações vocais, como o "Cuarteto del Rey", um grupo que adotava o estilo "negro spiritual", que interpretou suas primeiras canções em clubes de Havana.

Em 1965, compôs: "Mis veintidós años", que foi sua primeira composição com temática social.

Entre 1965 e o final de 1967, esteve detido em campos de trabalho forçado, dirigidos pelas Unidades Militares de Ajuda à Produção (Umap) na província de Camagüey, de onde fugiu e dirigiu-se para Havana, onde denunciou a injustiça que fora cometida, razão pela ficou preso durante dois meses na Fortaleza de La Cabaña.[2]

No início da década de 1970, começou a participar do "Grupo de Experimentação Sonora" (GES),[3] juntamente com importantes trovadores e músicos, dirigidos por Frederico Smith e Leo Brouwer.

Em 1974, gravou seu primeiro disco: "Versos Sencillos", no qual gravou versões musicalizadas por ele de poemas de José Martí.

Em 1975, gravou um disco com canções feitas a partir de 11 poemas de Nicolás Guillén.

Em 1976, gravou seu primeiro disco com composições próprias: "La vida no vale nada". Foi uma obra alinhada com os princípios da nova trova cubana e da Nueva Canción Latinoamericana, dentre as canções, merece destaque: "Yo pisaré las calles nuevamente", que clama pelo retorno da democracia ao Chile, após o Golpe Militar de 1973; e "Canción por la Unidad Latinoamericana".[4]

No início da década de 1980, lançou discos como: "Yo me quedo", "El Guerrero", "Comienzo y final de una verde mañana" e "Querido Pablo" (1985), sendo que esse último disco contou com participações de Víctor ManuelChico BuarqueMercedes Sosa e Luís Eduardo Aute.

Na década de 1990, lancou vários discos tais como:

·         "Identidad" (1990);

·         "Canto de la abuela" (1991);

·         "Orígenes" (1995); e

·         "Despertar" (1997).

Também nessa década, ajudou a criar uma fundação sem fins lucrativos para o desenvolvimento da cultura cubana, projeto que ajudou a dar visibilidade à obra de muitos artistas da Ilha. No final da década, foi gravado o disco: "Pablo Querido", que foi uma homenagem de outros artistas hispânicos e latino-americanos a Pablo Milanés, dentre eles: Joaquim SabinaFito PáezCaetano VelosoMilton Nascimento, "Los Van Van" e o grupo "Maná".

A partir de 2005, passou a atuar em parceria com músicos como: Chucho ValdésPancho CéspedesAndy Montañez e José Maria Vitier.

Em 2006, venceu o Prêmio Grammy de melhor cantor pelo disco: "Como un campo de maíz".

Em 2014, fui submetido a uma cirurgia de transplante de rim doado por sua esposa.[2]

Em 2015, recebeu um novo Prêmio Grammy pela "Excelência Musical";[5] e publicou seu 50º disco: "Renacimiento", no qual resgatou ritmos tradicionais de Cuba, como o guaguancó e o changüí, pouco habituais em seu repertório.[2]

Em março de 2017, foi lançada a coleção: "Pablo Milanés Discografía", composta por 50 títulos numerados e ordenados cronologicamente, que incluem 53 discos de áudio e 5 DVDs, com mais de 600 canções e 7 horas de vídeo. Cada disco vem acompanhado das letras das canções. A coleção vem acompanhada de um guia com 88 páginas, que resume toda a produção discográfica do artista, com introdução escrita por Marta Valdés. Ainda que volumosa, essa coleção não inclui canções especialmente compostas para trilhas sonoras de filmes de cinema, para a televisão, e com o Grupo de Experimentação de Sonora.[6]

Faleceu em Madrid, em 22 de novembro de 2022, em internamento hospitalar na sequência de doença hemato-oncológica.[7]

Críticas ao regime cubano

Em fevereiro de 2015, em entrevista concedida ao jornal El País (Espanha), defendeu um aprofundamento das reformas em Cuba. Por outro lado, declarou simpatia pelos ideais da Revolução Cubana e aos governos de: Rafael Correa (Equador), Evo Morales (Bolívia) e José Mujica (Uruguai).[2]

Em outubro de 2015, em entrevista concedida a um canal de televisão da República Dominicana, fez críticas a falta de liberdades fundamentais em Cuba.[8]

Discografia

·         1973 - Versos sencillos de José Martí

·         1975 - Canta a Nicolás Guillén

·         1976 - La vida no vale nada

·         1977 - No me pidas

·         1979 - El guerrero

·         1979 - Aniversarios

·         1982 - Filin 1

·         1982 - Acto de fe

·         1983 - El pregón de las flores, com Lilia Vera

·         1983 - Años 1, com Luis Peña

·         1984 - Ao Vivo no Brasil

·         1985 - Linda y Leo

·         1985 - Comienzo y final de una verde mañana

·         1986 - Años 2, com Luis PeñaCotán

·         1987 - Buenos días América

·         1987 - Trovadores, com Armando Garzón

·         1988 - Proposiciones

·         1989 - Filin 2

·         1989 - Filin 3

·         1990 - Identidad

·         1991 - Canto de la abuela

·         1991 - Filin 4

·         1991 - Filin 5

·         1992 - Años 3, com Luis PeñaCotánCompay Segundo

·         1993 - Querido Pablo

·         1994 - Canta boleros en Tropicana

·         1994 - Evolución

·         1994 - Igual que ayer, com Caco Senante

·         1994 - Orígenes

·         1994 - Plegaria

·         1995 - Si yo volviera a nacer, com María FeliciaJosé María Vitier

·         1995 - En blanco y negro, com Víctor Manuel

·         1997 - Despertar

·         1998 - Vengo naciendo

·         2000 - Días de gloria

·         2000 - Live from New York City

·         2002 - Pablo Querido

·         2005 - Como un campo de maíz

·         2005 - Líneas paralelas, com Andy Montáñez

·         2007 - Mas allá de todo, com Chucho Valdés)

·         2008 - Regalo

·         2008 - Feeling 6

·         2008 - Raul y Pablo, com Raúl Torres)

·         2010 - Palacio Municipal de Congresos de Madrid (DVD com Chucho Valdés) – Fonte Wikipedia

 


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