Deixe-me estar
É Primavera,
As páginas estão separadas para serem
prensadas,
Na fornalha quente e febril,
Como um real desejo, que se expande
entre o vazio
Do ontem e o preenchido hoje, banhado
Pelos raios do sol que ilumina os
nossos rostos e
Almas sedentas pelo amanhã que advir.
Os nossos lagos ainda estão
derretidos,
Embora no escuro, toda a água verde
que ainda estar
Por vir, eu não acho que possa
levá-la.
Lembro-me do vestido vermelho e negro,
Enfeitado como ondas, indo e vindo
entre
O devanear da luz e os sonhos pueris da
lua que inundavam
A minha mente, que exorbitava entre o
vadiar
E o ressumar, quando havia uma nova canção
no ar
Dedicada a você.
Hoje esperando você olho para o sol
Meditando, sobre os amores que tive e
Depois de todos os amores da minha
vida
Que tive de deixar, concluo que você
ainda vai ser a única que adorarei,
Vendo em seus olhos as coisas que eu
desejo, transmutando
O fluxo de paixão, como as artérias dos rios universais, que singra
Através dos céus, brilhando no escuro,
observando
Calmamente as águas passar, libertando
esse amor encravado
No meu coração que exclama...
Novamente:
“Deixe-me estar”
Realmente, ainda há uma luz que
brilha em mim!!!
Cláudio Luz
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